tag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post2837965298252675323..comments2023-10-20T14:57:03.268+01:00Comments on DESMITOS: O SUPEREURO E AS EXPORTAÇÕES NACIONAIS_ Perguntas (16)Alvaro Santos Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13898435603898462072noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post-59481377693155366062008-05-11T13:35:00.000+01:002008-05-11T13:35:00.000+01:00Ola Álvaro,Antes demais obrigado por trazer este a...Ola Álvaro,<BR/><BR/>Antes demais obrigado por trazer este assunto à tona. <BR/>Quanto à sua justificação, permita-me discordar da sua ideia de que o euro forte trouxe "menor competitividade dos nossos produtos". Pelo contrário, penso que o facto de termos perdido a possibilidade de mexermos na política monetária a nosso belo prazer trouxe sobretudo credibilidade e transparência à economia nacional. Simplesmente porque, não podendo agora o Governo, pela intervenção do Banco de Portugal, desvalorizar/valorizar a moeda consoante as suas necessidade, é obrigado a centrar-se nos problemas estruturais do país. <BR/>Quanto à falta de competitividade dos produtos, é bom lembrar que a maioria dos bens produzidos em Portugal provinham da indústria téxtil, do calçado e dos bens agrícolas. Se nos 2 primeiros, penso que a falta de produtividade não se ficou a dever pela valorização do euro, apenas e só porque durante mais de 20 anos foram indústrias fortemente subsidiadas e alvo de políticas proteccionistas dos vários Governos nacionais, e que em vez de aproveitarem estas benesses para se desenvolverem e produzirem bens com maior valor acrescentado, os seus empresários limitaram-se a utilizar esse dinheiro para construírem casarões e brutos carros. Será apenas coincidência que o norte do país foi e continua a ser a região onde o diferencial entre ricos e pobres é maior? Por essa falta de responsabilidade empresarial, hoje são dos sectores que maior dificuldade atravessam. <BR/>No caso da agricultura, é um exemplo de como quando os subsídios se esgotam as dificuldades vêm ao de cima. Abstraindo-me de todas as desvantagens que considero virem dos subsídios da PAC (regras impostas pelos países ricos para ganharem no jogo da Globalização agrícola de forma batoteira), a verdade é que com a entrada de novos estados-membros na União Europeia, esta ajuda tem chegado cada vez em menor número aos agricultores nacionais. Desta forma, menos dinheiro têm os agricultores recebido e tornado os seus produtos cada vez menos viáveis, apenas e só em termos de preço, quer no mercado externo e no mercado europeu, como até no mercado nacional.<BR/><BR/>Posto isto, considero que a quebra das exportações nacionais não se deve na sua essência à valorização do euro mas sobretudo a problemas estruturais e de uma mentalidade fraca da generalidade da classe empresarial que, ao contrário do que se possa pensar, continua a ter fortes lacunas ao nível da formação.<BR/><BR/>abraço<BR/>lmleitaolmleitaohttps://www.blogger.com/profile/13209216787675737699noreply@blogger.com