tag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post1421620124252538312..comments2023-10-20T14:57:03.268+01:00Comments on DESMITOS: O CANTO DO CISNEAlvaro Santos Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13898435603898462072noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post-46880675826584659282011-01-11T15:27:03.498+00:002011-01-11T15:27:03.498+00:00Para mim, estas subidas das taxas de juro no merca...Para mim, estas subidas das taxas de juro no mercado secundário são mais uma forma dos credores testarem e fixarem rendas altas do que propriamente uma preocupação genuína com o reembolso do capital investido.<br /><br />Afirmo isto baseado no rácio entre procura e oferta nos leilões do mercado primário de dívida pública que foi superior a 2 no ano passado e no leilão deste ano atingiu 2.6. Se existissem dúvidas sobre a capacidade de reembolso da dívida seria natural que o leilão ficasse deserto ou o rácio fosse muito inferior a 1.<br /><br />Esta situação sucede porque os credores sabem que os países que estão debaixo da pressão especulativa têm um credor de útimo recurso (FMI) e podem recorrer ao fundo de estabilização europeu e por isso podem "puxar" as taxas até ao máximo que os países considerem suportável. Por isso, não correm o risco de entrarem em situação de incumprimento na medida em que a partir de um certo patamar de renda, é economicamente mais vantajoso recorrer aos fundos do FMI, que lhes cede fundos para pagarem as dívidas do passado e financiarem o presente e o futuro.<br /><br />Parece-me, por isso, que a actual estratégia da União Europeia está errada porque amanhã será Portugal, depois de amanhã começará a pressão sobre a Bélgica, depois vem a Itália, e quem sabe se os países da Europa Central e de Leste também não começam a ser pressionados.<br /><br />Há alternativas? Claro que há, a nível europeu. Não existe é vontade política a nível europeu para as promover.<br /><br />A nível nacional só existe uma saída: libertarmo-nos da dívida e/ou colocá-la em patamares aceitáveis que a livrem de movimentos especulativos. O problema é que temos uma sociedade que vive há centenas de anos dependente do Estado e que não se consegue libertar de um dia para o outro sem custos sociais insuportáveis.António Parentenoreply@blogger.com