tag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post2156950719696462283..comments2023-10-20T14:57:03.268+01:00Comments on DESMITOS: UMA CRISE HISTÓRICAAlvaro Santos Pereirahttp://www.blogger.com/profile/13898435603898462072noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post-679064888301135122011-03-24T17:17:25.932+00:002011-03-24T17:17:25.932+00:00Caro Álvaro,
Relativamente a este seu argumento:
...Caro Álvaro,<br /><br />Relativamente a este seu argumento:<br /><br />"É lamentável que os nossos governantes tenham tentado escamotear a grave situação nacional, fingindo que a nossa participação no euro nos isentava da obrigação de termos de ter uma política económica responsável."<br /><br />Gostaria de saber a sua opinião sobre este texto de um responsável da nossa política económica:<br /><br />" Na verdade, o forte endividamento do sistema bancário no exterior é normal entre regiões de uma mesma zona monetária onde está assegurada a transferência de poupanças sem risco cambial. Os únicos limites têm a ver com a capacidade creditícia de cada uma das instituições bancárias tal como é avaliada pelo mercado e pelas suas congéneres estrangeiras. <br /><br />Isto prende-se, aliás, com alguns equívocos sobre o significado da balança externa corrente para uma região de uma união monetária como é actualmente Portugal. Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária. Isto não significa que não exista uma restrição externa à economia. Simplesmente esta é o resultado da mera agregação da capacidade de endividamento dos vários agentes económicos. O limite depende essencialmente da capacidade de endividamento dos agentes internos (incluindo os bancos) perante o sistema financeiro da Zona Euro. Se e quando o endividamento for considerado excessivo, as despesas terão que ser contidas porque o sistema financeiro limitará o crédito. O equilíbrio restabelece-se espontaneamente, por um mecanismo de deflação das despesas, e não têm que se aplicar políticas de ajustamento. A ressaca após um forte endividamento pode ter consequências recessivas, mas não é um problema macroeconómico de balança de pagamentos. A analogia mais pertinente é com o novo paradigma que vê a balança corrente externa como o resultado de uma optimização intertemporal do perfil de consumo de uma economia que defronta um mercado de capitais perfeito. A analogia é simplista para um país com moeda própria, mas serve como primeira aproximação para uma região de uma união monetária.<br /><br />Para um país com moeda própria, e por hipótese tradicionalmente fraca, o limite do desequlíbrio chega em geral mais cedo, porque para pagar as importações se têm que obter divisas estrangeiras, recorrendo às reservas ou ao crédito e ambos têm limites óbvios. Ou seja, a suspeita de que um país nessa situação pode ter um problema macroeconómico de pagamentos externos, por se estarem a esgotarem as reservas, faz com a restrição externa se manifeste antes de se ter esgotado a capacidade económica de endividamento dos agentes económicos privados. É assim que, nesses casos, boas empresas ou bons projectos de investimento podem sofrer limites de financiamento se o país não tiver divisas estrangeiras. Isso não acontece, porém, no contexto de uma região que essencialmente transacciona com as restantes de uma mesma zona monetária. Se a economia estiver a crescer saudavelmente, com bons projectos, isso significa que tem produções competitivas e não existirão problemas de «balança de pagamentos» a travar o nosso processo de convergência real com a Europa desenvolvida. Se, pelo contrário a economia estiver a crescer menos que os nossos parceiros e a importar muito mais do que exporta, revelando falta de competitividade, então a balança corrente externa pode ser um indicador de problemas embora não seja ela própria um problema. É portanto um indicador que tem sempre que ser analisado juntamente com outros indicadores de competitividade." <br /><br />Discurso proferido pelo Governador Vítor Constâncio na cerimónia da sua tomada de posse<br /><br />http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/IntervencoesPublicas/Paginas/intervpub20000223.aspx<br /><br /><br />Cumprimentos<br />MMAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post-91107816637332012642011-03-24T15:45:33.945+00:002011-03-24T15:45:33.945+00:00Álvaro Santos Pereira
Dentro de 30 anos a história...Álvaro Santos Pereira<br />Dentro de 30 anos a história concluirá o que afirma; uma outra conclusão será que José Sócrates Pinto de Sousa foi o último PM completamente português; depois deles a tendência será no sentido dos nossos PMs seguirem um modelo mais europeu. O uso do idioma inglês para comunicar fatos internos tornar-se-á norma e o alinhamento com paises do norte da europa, em especial os com maior influência da escola austríaca, afinal o aforro é o fundamento da riqueza nacional.<br />Provavelmente o MNE, com a sua proverbial sageza se aperceba que a estratégia diplomática nacional, ao cabo de 150 anos de sucesso, se encontra caduca e, torna-se urgente encontrar um novo modelo estratégico nacional.<br />Dentro de seis meses veremos se foi interiorizado pelas nossas elites. O, mais do que provável, novo "supremo" nacional parece indiciar que a história o espera, algo que passa completamente ao lado do ainda "supremo"; mais interessado com gadgets electrónico e tecidos caros; a vacuidade também se paga......<br />Cumprimentos<br />AdrianoAdriano Volframistahttps://www.blogger.com/profile/10549346570078379274noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post-21920702814657074222011-03-24T13:48:09.493+00:002011-03-24T13:48:09.493+00:00Não conhecia o blog, indicou-mo pessoa amiga, avis...Não conhecia o blog, indicou-mo pessoa amiga, avisando-me logo que, apesar de encontrar nele informação útil e actualizada, era muito sectário (pró-PSD) e induzia os leitores em erro através de meias verdades e interpretações capciosas.<br />Visitei-o e li vários artigos. Confirmei plenamente o aviso amigo, que exemplifico com o que retirei do último artigo «Uma crise histórica»:<br />Porque chegámos aqui: aponta 4 razões, todas do lado da despesa/consumo (público e privado), todas atribuíveis aos últimos 15 anos;<br />É hoje claro que, a par do excessivo consumo, o maior problema é a falta de crescimento da economia, resultante da destruição da estrutura produtiva levada a cabo após a entrada na EU (1986), em que se recebeu 1 milhão de euros/dia para fechar as pescas, a agricultura e a indústria e se gastou em formação profissional para nada, no imobiliário e em auto-estradas. Mas isso foi feito por pessoa intocável, e pelo governo mais competente desde que Viriato derrotou os Romanos, logo – silêncio absoluto.<br />Mais abaixo, na mesma lógica da reescrita da história, elege os últimos 15 anos como os da calamidade – claro.<br />Esquece-se, no entanto, de um pormenor: nesses 15 houve 3 da sua gente, que recebeu 4,1% de défice e, depois de governação competente, deixou 6,3% – bingo.<br />O jornal Expresso (19/3, p. 8 Caderno Economia) publicou o gráfico da dívida pública desde 1980. è bom que se veja para desmistificar mitos, o da cavaquismo, o do guterrismo, etc.<br />Os governos dos últimos 15 anos foram muito maus, mas se o nosso mal fosse só esse, já tivemos tantos que algum serviria. O nosso mal é muito mais profundo, e um dos sintomas é o sectarismo que obscurece a mentalidade das pessoas, como este blog revela. Assim não, obrigada. Não vale a pena voltar cá.Aurélia Santoshttps://www.blogger.com/profile/14460106070743161822noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1341672289847404071.post-31768511093882227612011-03-24T10:02:02.588+00:002011-03-24T10:02:02.588+00:00Deixe-me dizer-lhe sem quaisquer tipos de bajulaçõ...Deixe-me dizer-lhe sem quaisquer tipos de bajulações desnecessárias (odeio bajulação fútil) que o seu blogue me cativou desde há uns tempos para cá. Sou avesso a economia e assuntos do género no que concerne à sua génese e dinâmica mais intrínseca, mas não me tenho mantido afastado deste domínio em Portugal, mesmo vivendo agora no Reino Unido.<br /><br />Tenho seguido o seu blog com bastante atenção, e com ainda mais especial atenção o post de hoje. Fez-me lembrar o livro "Império à deriva - A corte portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821" escrito por Patrick Wilcken. Está lá tudo projectado de tal forma que só podia acabar na realidade que enfrentamos hoje. Isto não é de hoje, isto é de há muito tempo, tempos onde fomos ainda mais cobardes, mais sectários, mais segregacionistas, mais corruptos e mais irracionais na preparação dos tempos, tempos em que o nosso ego sismou em ter brinquedos caros sem termos como os pagar a pronto ou a crédito. Claro que esta é uma visão parcial de um problema multifacetado, mas é a que me ocorre agora porque não sou economista.<br /><br />www.thetoxicologisttoday.blogspot.comPudgethttps://www.blogger.com/profile/18273516775788069194noreply@blogger.com