No primeiro choque petrolífero de 1973 (causado pelo embargo dos países árabes em retaliação à Guerra do Yum Kippor) originou uma subida vertiginosa dos preços do petróleo, que triplicaram em apenas alguns meses. Igualmente, entre os anos de 1979 e 1980, os preços petrolíferos aumentaram quatro vezes, principalmente devido ao efeito negativo da revolução Iraniana e da guerra Irão-Iraque. Ora, se analisarmos os dados históricos, damos conta que a magnitude da actual subida dos preços do crude tem sido bastante mais moderada face a 1973 e 1980. Entre 2001 e 2004, os preços do petróleo subiram cerca de 140%. Desde então, os preços já duplicaram. Em comparação, durante a crise petrolífera de 1973, os preços do crude aumentaram cerca de 275% em apenas seis meses. Durante a crise de 1980, a subida dos preços foi ainda mais acentuada. Ou seja, a grande diferença entre o choque actual e os choques petrolíferos de 1973 e 1980 é que os preços do crude subiram então muito mais depressa do que actualmente.
^
Ainda assim, é claro que o impacto da subida acentuada dos produtos petrolíferos é bastante apreciável. Alguns estudos estimam que cada aumento do preço do petróleo em $10/barril é associado com uma descida do PIB mundial em cerca de 0.5% ao ano. Quais são então as causas do substancial aumento dos preços do petróleo?
Por um lado, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a procura mundial do petróleo é a mais elevada dos últimos 25 anos, principalmente devido ao grande aumento da procura por parte da China, à retoma (ainda tímida) da economia mundial, e ao aumento da procura de muitos países subdesenvolvidos (como a Índia). De facto, segundo um estudo do HSBC Bank, o aumento da procura explica cerca de 80% dos preços petrolíferos actuais. Porém, outros estudos não concordam com esta análise. Nomeadamente, a AIE estima que a procura tem sido largamente satisfeita pela oferta. Neste sentido, o aumento dos preços petrolíferos seria justificada principalmente por dois factores: a incerteza sobre a oferta de petróleo futura e a especulação.
Ainda assim, é claro que o impacto da subida acentuada dos produtos petrolíferos é bastante apreciável. Alguns estudos estimam que cada aumento do preço do petróleo em $10/barril é associado com uma descida do PIB mundial em cerca de 0.5% ao ano. Quais são então as causas do substancial aumento dos preços do petróleo?
Por um lado, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a procura mundial do petróleo é a mais elevada dos últimos 25 anos, principalmente devido ao grande aumento da procura por parte da China, à retoma (ainda tímida) da economia mundial, e ao aumento da procura de muitos países subdesenvolvidos (como a Índia). De facto, segundo um estudo do HSBC Bank, o aumento da procura explica cerca de 80% dos preços petrolíferos actuais. Porém, outros estudos não concordam com esta análise. Nomeadamente, a AIE estima que a procura tem sido largamente satisfeita pela oferta. Neste sentido, o aumento dos preços petrolíferos seria justificada principalmente por dois factores: a incerteza sobre a oferta de petróleo futura e a especulação.
^
A incerteza sobre a oferta petrolífera deve-se a uma série de conflitos internacionais, tais como o conflito no Médio Oriente. Neste contexto, alguns analistas estimam que o prémio de risco é responsável por cerca de 25 por cento do preço do crude actual. Esse prémio de risco é ainda mais elevado devido à grande especulação que hoje se vive no mercado do crude. Por seu turno, esta especulação está relacionada com a grande incerteza que rodeia grande parte das principais regiões exportadoras. Devido a todos estes motivos, tem havido uma grande especulação nos mercados mundiais, o que tem originado um aumento substancial do preço do crude.
Assim, é provável que os preços do crude se mantenham substancialmente elevados durante os próximos tempos, o que trará toda uma série de consequências para as economias mundiais. Este cenário será analisado na segunda parte deste artigo.
A incerteza sobre a oferta petrolífera deve-se a uma série de conflitos internacionais, tais como o conflito no Médio Oriente. Neste contexto, alguns analistas estimam que o prémio de risco é responsável por cerca de 25 por cento do preço do crude actual. Esse prémio de risco é ainda mais elevado devido à grande especulação que hoje se vive no mercado do crude. Por seu turno, esta especulação está relacionada com a grande incerteza que rodeia grande parte das principais regiões exportadoras. Devido a todos estes motivos, tem havido uma grande especulação nos mercados mundiais, o que tem originado um aumento substancial do preço do crude.
Assim, é provável que os preços do crude se mantenham substancialmente elevados durante os próximos tempos, o que trará toda uma série de consequências para as economias mundiais. Este cenário será analisado na segunda parte deste artigo.
Não nos esqueçamos contudo que em 1973 os grandes responsáveis pelo consumo do petroleo eram os ocidentais. Quando a crise "acalmou" o número de consumidores era básicamente o mesmo.
ResponderEliminarO actual contexto é bem diferente. Nem a China nem a India querem ficar atrás do Ocidente. Imagine-se cada familia chinesa ou indiana com pelo menos dois aparelhos de ar condicionado em cada casa. Imagine-se cada família chinesa ou indiana com uma máquina de lavar roupa, máquina de lavar loiça, um microondas, uma torradeira, 2 televisores, um amplificador, um leitor de cd etc. Imagine-se todas as famílias indianas e chinesas a terem pelo menos um automóvel. E lembremo-nos que estamos a falar para 2020 em cerca de 3.000.000.000de seres humanos.
Claro que só estou a falar dos indianos e chineses. Mas o consumismo vai também chegar a outras nações.
A unica conclusão que se pode tirar é que o consumo anual de recursos vai disparar. Quer de recursos energéticos quer de matérias primas.
Prognósticos só no fim mas muita coisa vai mudar e as tensões inflaccionistas vão se manter altas.
O tempo das vacas gordas deve ter chegado ao fim.