24 novembro 2009

AUMENTO DE IMPOSTOS

O primeiro-ministro assegurou hoje que o governo não irá aumentar os impostos para fazer face ao aumento desmesurado do défice orçamental. Pois não. É provável que não. Pelo menos antes das próximas eleições. Como é que se irá financiar o défice? Muito simples. Com os impostos futuros, através do aumento da dívida pública. Isto é, como mencionei no post anterior, quem terá que aumentar os impostos ou reduzir a despesa serão os próximos governos, não este.
Entretanto, o que eu gostaria que a oposição perguntasse ao governo era o seguinte:
  • Onde é que o governo vai obter os fundos necessários para concretizar as obras públicas projectadas? Através do aumento da dívida pública? Mais parcerias público-privadas que irão aumentar a dívida pública futura?
  • Estará o governo ciente que a concretização deste projectos irá necessariamente acarretar um aumento dos impostos no futuro?
  • Não estará o governo preocupado com a grave deterioração da competitividade fiscal que esse aumento da carga fiscal iria acarretar?
  • Estará o governo consciente que o país terá que destinar uma crescente parcela do seu rendimento ao pagamento dos juros relacionados com a dívida associada a estes projectos?

1 comentário:

Fartinho da Silva disse...

Este e qualquer outro governo composto por gestores à portuguesa, governa sempre da mesma forma, ou seja governa a curto prazo, definindo sempre tudo em cima do joelho.

Os nossos "fantásticos" políticos possuem uma característica única no mundo ocidental, não são melhores que o comum dos portugueses!

Para o autor deste blog perceber a dimensão do problema nacional em relação a estes "fantásticos" políticos, basta dizer que quando o Estado está em dificuldades financeiras a receita é sempre a mesma, aumento de imposto e descida de salários para todos os funcionários públicos. Se alguém lhes diz que têm que reformar a administração pública, os nossos políticos congelam os salários em vez de fecharem todos os serviços que não servem para quase nada.

Quando Portugal entrar na inevitável ruptura financeira, já todos sabemos o que irá acontecer: aumento de impostos, corte de salários dos funcionários públicos e perda de um dos salários da população restante! Sempre assim foi e como o português não se revolta como noutras paragens...