14 maio 2010

IRRESPONSABILIDADES

Ontem provou-se que as irresponsabilidades do nosso passado recente se pagam muito, mas mesmo muito caro. E, claro, quem paga sempre a factura das irresponsabilidades dos nossos governantes são sempre os mesmos: os contribuintes e as gerações futuras. Quando é que Portugal irá mudar?

6 comentários:

Augusto Küttner de Magalhães disse...

Caro Álvaro

Presumo que responsabilidades - até no seguimento do seu último livro - devem ser atribuídas a muitos, muitos, muitos que por lá passaram e evidentemente a estes também.

Custa-me um pouco ouvir, ver, ler, ex´s de tudo e mais alguma coisa, como inocentes, ou como quem tudo sempre fez bem, e de repente em 5 ou 6 anos ficou tudo estragado.

Muito foi mal -feito neste ultimos anos, mas muito mal também foi sendo feito nos ultimos 36, e estamos como estamos por ainda não termos sabido encontar rumo.

Já vinhamos sem rumo há umas boas decadas, antes era à força.....

Se republicar hoje, o seu último livro, não o que ainda está a escrever, o ultimo, está actual....

Assim , hoje esperemos dignidade de todos, todos, todos, para melhor explicarem o que vai ser o amanhã, e para se deixarem do disse que disse e do serem todos melhores quando já lá não estão, para isto não acabar de vez.

Um forte abraço do

Augusto

Sócrates Vicente disse...

Algumas questões...

Com este aumento do IRS (ou taxa adicional) e IRC, não vamos dar mais uma machadada na economia nacional (menor procura interna, especialmente na venda a retalho)? Não se vai com isto apenas aumentar as importações (já que é mais barato em alguns produtos mandar vir de outros países da UE e a Internet apenas ajuda)?

Não faria mais sentido aumentar já ainda mais os impostos sobre as mais-valias, tal como o Reino Unido (Capital Gain Tax) está a fazer e tal como a OCDE recomendou (até 40% se não estou em erro), antes de se retirar ainda mais a muitos que já pouco ganham?

E o que dizer da subida do IVA nos produtos de primeira necessidade? Lá nos interessa que a Coca-Cola tenha a taxa mínima ou máxima, agora o pão, o leite, a água?

Porque não dialogar com os sindicatos para purgar a Função Pública dos que pouco fazem e só estorvam (muitos tendo entrado com cunhas), deixando lá os bons funcionários e contratando mais alguns (um por cada saída) para fazer face às saída e aumentar a eficiência?

Porque não acabar com mordomias de motoristas e automóveis estatais, parcerias público-privadas ruinosas, negócios obscuros por adjudicação directa e afins?


Confesso que estas medidas me causam confusão estarem a ser tomadas agora antes de se tomarem medidas que fariam mais sentido dado que prejudicariam menos os que trabalham para ganhar a sua vida (contrapondo com os que vivem de expedientes especulativos e os que fingem que trabalham)?

Sócrates Vicente disse...

Correcção: onde se lê 'um por cada saída' deve-se ler "um por cada duas saídas".

A.Küttner de Magalhães disse...

Por favor digam-me que não há TGV, nem Aeroporto, nem Pontes, nem mais auto-estradas.

Caso contrário está TUDO, TUDO, TUDO LOUCO!!!!!!!

JAM disse...

Olhe caro Professor Álvaro: Portugal não mudará sem o advento da crise com ainda mais profundidade e, mesmo assim, tenho dúvidas que no actual espectro político tenhamos as elites adequadas para nos liderar capazmente nesse tempo vindouro.

Ana disse...

Acrescento, quando é que o Mundo irá mudar? Portugal segue apenas o modelo implementado nos restantes países ditos desenvolvidos.