Ontem provou-se que as irresponsabilidades do nosso passado recente se pagam muito, mas mesmo muito caro. E, claro, quem paga sempre a factura das irresponsabilidades dos nossos governantes são sempre os mesmos: os contribuintes e as gerações futuras. Quando é que Portugal irá mudar?
6 comentários:
Caro Álvaro
Presumo que responsabilidades - até no seguimento do seu último livro - devem ser atribuídas a muitos, muitos, muitos que por lá passaram e evidentemente a estes também.
Custa-me um pouco ouvir, ver, ler, ex´s de tudo e mais alguma coisa, como inocentes, ou como quem tudo sempre fez bem, e de repente em 5 ou 6 anos ficou tudo estragado.
Muito foi mal -feito neste ultimos anos, mas muito mal também foi sendo feito nos ultimos 36, e estamos como estamos por ainda não termos sabido encontar rumo.
Já vinhamos sem rumo há umas boas decadas, antes era à força.....
Se republicar hoje, o seu último livro, não o que ainda está a escrever, o ultimo, está actual....
Assim , hoje esperemos dignidade de todos, todos, todos, para melhor explicarem o que vai ser o amanhã, e para se deixarem do disse que disse e do serem todos melhores quando já lá não estão, para isto não acabar de vez.
Um forte abraço do
Augusto
Algumas questões...
Com este aumento do IRS (ou taxa adicional) e IRC, não vamos dar mais uma machadada na economia nacional (menor procura interna, especialmente na venda a retalho)? Não se vai com isto apenas aumentar as importações (já que é mais barato em alguns produtos mandar vir de outros países da UE e a Internet apenas ajuda)?
Não faria mais sentido aumentar já ainda mais os impostos sobre as mais-valias, tal como o Reino Unido (Capital Gain Tax) está a fazer e tal como a OCDE recomendou (até 40% se não estou em erro), antes de se retirar ainda mais a muitos que já pouco ganham?
E o que dizer da subida do IVA nos produtos de primeira necessidade? Lá nos interessa que a Coca-Cola tenha a taxa mínima ou máxima, agora o pão, o leite, a água?
Porque não dialogar com os sindicatos para purgar a Função Pública dos que pouco fazem e só estorvam (muitos tendo entrado com cunhas), deixando lá os bons funcionários e contratando mais alguns (um por cada saída) para fazer face às saída e aumentar a eficiência?
Porque não acabar com mordomias de motoristas e automóveis estatais, parcerias público-privadas ruinosas, negócios obscuros por adjudicação directa e afins?
Confesso que estas medidas me causam confusão estarem a ser tomadas agora antes de se tomarem medidas que fariam mais sentido dado que prejudicariam menos os que trabalham para ganhar a sua vida (contrapondo com os que vivem de expedientes especulativos e os que fingem que trabalham)?
Correcção: onde se lê 'um por cada saída' deve-se ler "um por cada duas saídas".
Por favor digam-me que não há TGV, nem Aeroporto, nem Pontes, nem mais auto-estradas.
Caso contrário está TUDO, TUDO, TUDO LOUCO!!!!!!!
Olhe caro Professor Álvaro: Portugal não mudará sem o advento da crise com ainda mais profundidade e, mesmo assim, tenho dúvidas que no actual espectro político tenhamos as elites adequadas para nos liderar capazmente nesse tempo vindouro.
Acrescento, quando é que o Mundo irá mudar? Portugal segue apenas o modelo implementado nos restantes países ditos desenvolvidos.
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