16 dezembro 2009

UM AVISO

Um excelente artigo de um dos melhores economistas portugueses actuais. O Ricardo Reis tem toda a razão: se a Grécia se afundar, nós certamente seremos o país que se segue. Mas não vale a pena discutir isso. Vale mais continuarmo-nos a insultar na Assembleia da República ou tentar convencer os(as) portugueses(as) que a nossa salvação está nas quimeras do TGV, das grandes obras públicas, ou da regionalização.

6 comentários:

Socrates disse...

O TGV não será salvação alguma, agora o que fazer quando Espanha adaptar as suas linhas todas à bitola Europeia e transporte ferroviário de mercadorias parar por completo porque este país teima em manter a bitola Ibérica (bitola Portuguesa dentro em breve) do resto da Europa?

Fala-se em desenvolvimento, porque não apostamos em ligar os principais portos Portugueses com ligações ferroviárias em bitola europeia para nos tornarmos no ponto de entrada de mercadorias para a Europa por excelência?

Vamos ficar pelas receitas habituais de "aumentar a produtividade" e "baixar os salários"? Se a produtividade não é aquela que se deseja porque continuamos a culpar a mão-de-obra e não partilhar a mesma com os gestores que não sabem colocar a mão-de-obra a produzir o que se quer? Fazer contas até um computador faz. Tomar decisões, haja tempo e programa-se uma bela aplicação que analise e tome decisões, agora no dia-a-dia acompanhar os empregados, fazê-los sentir que fazem parte de uma família alargada na empresa, analisar os hábitos de trabalho e sugerir melhorias que aumentem a produtividade sem ser a custo de esgotamentos físicos ou nervosos, para isso ainda precisamos de um cérebro humano.

Socrates disse...

Esqueci-me de referir, que como já disse anteriormente, chamar à obra de construção de linhas de bitola Europeia de TGV é um erro de casting.

Podemos muito bem adaptar Alfas Pendulares para serem usados na linha em vez de TGVs caso não sejam economicamente viáveis, o que interessa é que abandonemos a bitola Europeia e tiremos algum tráfego da Linha do Norte.

antonio disse...

Não conheço o Ricardo Reis e por muito bom economista que nele seja não entendoa forma como ele põe a questão.

Há uma fraquissima correlação e interdependência entra a economia Grega e Portuguesa. Não é pelo facto da Grécia se afundar que nós certamente a seguiremos.

O nosso afundanço faz-se a todo o momento quando não fazemos reformas ou alteramos mentalidades para que sejamos muito mais competitivos. O noso afundanço faz-se pelo crescimento diário da divida externa e da divida publica que nos torna cada vez mais frageis e dependentes. Sendo que essas dividas são sobretudo para que vivamos acima da s nossas possibilidades.

É perfeitamente obvio hoje que nunca deveriamos ter aderido ao Euro ou a tê-lo feito o escudo deveria trer sidom cotado a um valor muito mais baixo.

Dentro de ano em meio estou convicto que essa possibilidade se discutirá abertamente. A questão é que as decisões são sempre tomadas demasiado tarde.E quando são tomadas fora de tempo não fazem o efeito desejado.

Antonio

A. Küttner de Magalhães disse...

Caro Álvaro

Sem comentar o que o RR escreve!!! Não o acho assim, tão, tão, tão...acho que entre nós, é possível entender que estas cenas no nosso Parlamento, ainda não chegaram ao limite, só quando começarem a voar cadeiras pelo ar, ou quando alguém bater noutro alguém, é que será Bom.

Parece-me inconcebível num País que se quer civilizado, democrártico, educado, termos esta classe - transversal -política!!!

Quem tiver filhos pequenos, deve-se ver aflito, para os educar se eles virem estas cenas.....esta agressividade....esta falta de respeito.

um abraço

Augusto

Augusto Küttner disse...

Caro Álvaro

Qual seria a poupança que poderíamos - como País - fazer, se não houvessem tantos automóveis oficiais, desde a Presidencia da Republica, Assembleia Da Republica, PM, Ministro, Direcções Gerais, etc? Hoje ao mostarem os Ministros a entrar para o almoço de Natal em S.Bento, vi um Mercedes seris S, com matricula HH, um BMW serie 700 com matricula IF, fora todos os outros não tão recentes.
Seria viável se vão para o mesmo sitio irem 2 ministros por viatura!
Sim porque depois parece que os secretários de Estado foram lá ao café e eram tantos os automóveis que "não cabiam" lá dentro e ficaram na rua....muitos...tantos...não seria vantajoso, aqui poupar até para dar o exemplo...

um abraço

Augusto

João Soares disse...

Concordo com a observação de Augusto Kruttner. Infelizmente é assim, um País "gordo" em alguns locais e postos do poder e por outro lado o país "escanzelado"...
Aproveito para desejar a si, Alvaro Pereira, um Bom Ano Novo. E que todos os 365 novos dias sejam um desafio e continuação de preservação da natureza, harmonia e paz. Um abraço.
João Soares, editor do blogue ambiental BioTerra