Manuela Ferreira Leite parece finalmente mais sintonizada com a realidade nacional. Na sua mais recente entrevista à RTP, a líder do PSD revelou que irá riscar o TGV se for eleita primeira-ministra. Faz muito bem. O TGV é o nosso maior erro financeiro e estratégico das últimas décadas. Revelou ainda que não leu os estudos custo-benefício do TGV. Devia ler, pois aprenderia muito sobre o projecto. A alternativa é ler o meu próximo livro, onde estas questões são extensamente debatidas...
6 comentários:
E para quando, ao certo, o seu novo livro?
Cumprimentos.
mas então qual uma verdadeira alternativa ao TGV para ligar-nos a Espanha? O país vizinho vai construir o TGV até à fronteira muito em breve, e também não acho bem que neste momento só disponhamos de 1 ligação ferroviária diária a Espanha, que demora mais de 8 horas. Precisamos, seja TGV ou menos TGV, de uma alternativa às ligações ferroviárias vergonhosas actuais que mantemos com Espanha.
Dra. Manuela começa finalmente a «lançar» projectos e ideias para o país com grande valor. Creio que neste caso, deveria dizer que o TGV não seria riscado, mas antes adiado pelo menos 10 a 15 anos. Ou seja, quando as condições de financiamento e benefício/custo para o país fossem verdadeiramente vantajosas.
O endividamento é de tal ordem, que com esta crise Economistas da revista americana "Economist" peveêm uma contração do PIB em 2%.
Por este caminho não me admiraria que chegássemos perto dos -4% da Alemanha em final de 2009.
Fonseca
Tiago Villanueva: a alternativa ao TGV é a que já existe, o avião em 1h, em vez das 3 do TGV. Pela simples razão que não há mercado para o transporte de passageiros em ferrovia entre Lisboa e Madrid. Segundo o Ministério Espanhol dos Transportes, para não dar prejuízo, teria de haver um mínimo de 8 comboios diários nessa via. Segundo o mesmo ministério, só havia (em 2006) mercado, na melhor das hipóteses, para 4. Na altura, o mesmo Mário Lino que diz agora que não conhece nenhum estudo que diga que o TGV não é viávelm, comentou isto dizendo que já sabia e que o TGV justificava-se não por razões comerciais mas sim políticas.
É preciso dizer mais?
João Quaresma: bem, enquanto houver low-costs a operar entre Lisboa e Madrid, vai-se andando, mas até há bem pouco tempo viajar de avião para Madrid era pouco acessível, dados os preços praticados...
Bem, de qualquer forma, não havendo TGV, tenho a certeza que haverá muito boa gente em Portugal a pegar o TGV em Badajoz...
Caro Alvaro,
Não tenho duvidas que o TGV não tem qualquer justificação. Parece ser quase pacifico que não existe qualquer justificação economica para tal.
Mas será que a Manelinha se opõe por convicção ou apenas por ser oposição?
É que a menina tem tido umas posições muito incoerentes e não me parece que seja diferente de qualquer outro politico.
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Precisa-se: Politico com convicções e que não mude de opinião conforme as conveniências.
Antonio
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