10 dezembro 2007

OS PROGRESSOS DO ATRASO



O Ministério da Saúde anunciou hoje que a taxa de mortalidade infantil atingiu o valor mais baixo de sempre, com uma taxa de 3,3 mortes por cada 1,000 nascimentos. Este é um facto a saudar e em linha com a pronunciada tendência de descida das últimas décadas. Portugal tem hoje uma das taxas de mortalidade infantil mais baixas do mundo. Para aqueles obcecados com os "rankings" relativos dos países (e que desvalorizam os grandes progressos das últimas décadas) interessa referir que a nível da mortalidade infantil Portugal está bem à frente de países como os Estados Unidos ou o Reino Unido.
Interessa também lembrar que há duas ou três décadas atrás, Portugal era um dos países da OCDE com as mais altas taxas de mortalidade infantil. Há 20 anos atrás, os nossos indicadores de mortalidade infantil eram terceiro-mundistas. Hoje são do melhor que existe.
Como sempre, certamente que muitos irão minimizar este feito. Afinal, é sempre popular ser-se pessimista e derrotista.
Contudo, muitos são os nossos progressos do atraso (na expressão feliz de Pedro Lains) e muitos avanços foram conseguidos nas últimas décadas. As baixíssimas taxas de mortalidade infantil são somente mais um indicador de que o mito do país dos coitadinhos é apenas isso, um mito. Mais nada.

PS. Foto retirada do site http://antoniocruz.net/mostrar/eventos/2005/burros/

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