12 fevereiro 2010

FALÁCIAS DA UNIÃO MONETÁRIA

Uma das falácias daqueles que defendem a crise actual na Eurolândia se resolveria com uma maior união política (pois permitiria maiores transferências fiscais para os estados-membros em dificuldades) esquecem-se de um pequeno detalhe: o Alabama está numa união monetária com os outros estados americanos há muitas décadas e nem por isso é muito "competitivo" ou atractivo para investidores e trabalhadores. E quem diz o Alabama diz outros estados mais pobres. É verdade que as transferências fiscais associadas a uma união política permitem atenuar o impacto em caso de choques negativos, mas, infelizmente, não dão competitividade ou fomentam a produtividade. Moral da história: se Portugal não se quiser tornar no Alabama da Europa, é bom que não pensemos que uma maior união política será a nossa tábua de salvação. Sem maior empreendedorismo, sem maior competitividade, sem uma produtividade mais elevada, Portugal não conseguirá retomar o sucesso que caracterizou a nossa economia na segunda metade do século 20. Ponto. Final. Parágrafo.

1 comentário:

antonio disse...

Caro Álvaro,

Está você a dizer que Portugal passou a viver melhor durante o fascismo?

Olhe que é proibido fazer tal coisa.

Abraço
antonio