O Expresso pediu-me para sintetizar o melhor e o pior do PEC. Aqui estão as minhas respostas
O MELHOR
As privatizações e previsões económicas realistas.
O PIOR
Este é um PEC fingidor. Finge-se que o investimento público baixa, mas mantêm-se as parcerias público-privadas. Finge-se que as despesas com o pessoal descem, mas esquece-se que estas têm baixado principalmente porque se transformaram os hospitais em empresas do Estado. Finge-se que se atacam os problemas estruturais da despesa pública, mas a consolidação orçamental é conseguida sobretudo com o aumento da carga fiscal efectiva e com as receitas das privatizações. Acima de tudo, este é um PEC que adia mais uma vez a resolução dos problemas estruturais das contas públicas nacionais.
As privatizações e previsões económicas realistas.
O PIOR
Este é um PEC fingidor. Finge-se que o investimento público baixa, mas mantêm-se as parcerias público-privadas. Finge-se que as despesas com o pessoal descem, mas esquece-se que estas têm baixado principalmente porque se transformaram os hospitais em empresas do Estado. Finge-se que se atacam os problemas estruturais da despesa pública, mas a consolidação orçamental é conseguida sobretudo com o aumento da carga fiscal efectiva e com as receitas das privatizações. Acima de tudo, este é um PEC que adia mais uma vez a resolução dos problemas estruturais das contas públicas nacionais.
4 comentários:
Álvaro, parece-me que o PEC,como o OE, se baseiam em previsões optimistas, ou seja, como de costume em Portugal, há uma recusa em encarar o pior cenário. O que acontece, por exemplo, se as privatizações não levarem ao encaixe esperado? Imagine que ninguém quer comprar a TAP.
Ou então fazem-se aquelas vendas fictícias, do Estado ao Estado sob outro nome.
Caro Álvaro,
Estou em desacordo. Como pode falar em previsões económicas realistas quando os dados do ultimo trimestre apontam para uma contracção de 1% do PIB que não estava prevista? E será que Álvaro já se esqueceu dos sucessivos falhanços das previsões do Teixeira dos Santos? Isso é ingenuidade ou vontade de ser ingenuo?
Quanto às privatizações, elas não vão ser feitas por convicção mas para sacar dinheiro. Como tudo o que se faz neste país. Por dinheiro e não por convicção. Envergonhadamente. Deixando para trás um rasto de enorme trapalhada.
Com o complexo de esquerda a dominar as decisões.
Eu não tenho prazer algum em dizer mal. Mas tenho a certeza absoluta que tudo vai ser uma borrada. Tudo será feito como um mal necessário e não como um bem imprescindivel.
Quanto ao pior estou de acordo. Aumentos de impostos retirando cada vez mais ao privado recursos e rendimentos para sustentar o publico. E que de nada servirão porque a dose é sempre pequena.Este PEC não é sequer uma fraude porque está à vista de toda a gente que não passa de um trabalho mediocre de um mau aluno de economia do 4º ano do ISEG. É que nem suscita qualquer ilusão. E daqui a três anos, nenhuma reforma terá sido feita e o país estará numa situação muito pior.
Gravíssimo,muitissimo grave mesmo.
Não se esqueçça, Alvaro. Eu não sou o Nobel da economia, mas esta era a nossa ultima oportunidade. Mas na verdade não haveria PEC que resultasse, porque nada resultará enquano se não mudar a mentalidade dos descendentes de Viriato.
Antonio
Uma pergunta ingénua de alguém que pouco percebe seja do que for: e quando pouco (ou nada) restar para privatizar?
Caro Álvaro,
Hoje o INE veio corrigir em baixa o valor anteriormente anunciado pelo governo para o deficit de 2010. Uma pequena diferença de 250.000.000 de euros.
Como pode o Álvaro achar que as previsões deste governo são realistas?
Antonio
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