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O presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, foram alvos de atentados. Felizmente, Xanana saiu ileso, mas Ramos-Horta foi ferido com alguma gravidade. Esperemos que recupere. Há poucas dúvidas que este foi um atentado contra o Estado e a democracia timorenses. É díficil acreditar que estes foram atentados de um rebelde tresloucado. Provavelmente não foi. Provavelmente foi mesmo um golpe militar. Quando se começarem a conhecer os contornos desta acção veremos quem estará verdadeiramente por detrás deste atentados. Mesmo assim, é óbvio que estas não são nada boas notícias para Timor. Reiteram-se os receios sobre a estabilidade do país. Renovam-se as dúvidas sobre a viabilidade de Timor. Ressurgem os fantasmas do conflito, que teima em não largar o martirizado povo timorense.
2 comentários:
Eu sempre defendi a máxima - "Não há independência política se não houver indepêndencia economica", e de facto se repararmos, Timor-Leste ainda terá que lutar muito para se considerar um país independente e coeso, pois as dificuldades que se estão a viver neste momento, quer a nível sócio-cultural quer a nível económico, reflectem paradigmaticamente a conjuntura desfavoravel momentânea e futura desse país e a incessante luta que os timorenses terão que enfrentar para atingir aquilo pelo qual aspiram com tanto sofrimento e consistência ao longo das últimas décadas - Independência e liberdade, acima de tudo!
Caro Duende Assassino,
Obrigado pelo comentário. Sem dúvida que tem razão. Por outro lado, o grande problema de Timor é que é um país típico na chamada armadilha do conflito (conflict trap). Num post dentro em breve irei falar um pouco mais sobre isso.
Alvaro
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