Todos os dias ficamos a saber que a crise internacional se está a tornar cada vez mais grave e que as condições económicas se têm deteriorado de forma significativa um pouco por todo o mundo. Porém, até agora, se é verdade que a crise financeira actual é a mais séria desde 1929, ainda é cedo para saber se a crise económica será a mais grave desde a Grande Depressão. Por enquanto, a crise assemelha-se mais com as recessões dos anos 80 ou dos anos 70, apesar de o ritmo de contracção estar a ser mais acelerado do que nas recessões mais recentes. A grande diferença é que a crise é mais globalizada do que em recessões anteriores.
3 comentários:
Infelizmente, esta é a «Mãe» de todas as crises, assim o parece.
Fico "feliz" por ter ficado a conhecer os contornos e o seu desenvolvimento ao longo deste 1 ano (exacto) no seu blog!
Já agora, não acha que o sinónimo de Governar é «prever»? até nisto o Partido Socialista mentiu aos Portugueses!
Nuno Fonseca
A grande crise?
Caro Álvaro, confesso-lhe que há alturas em que começo a ficar assustado.
De Paris a Washington passando pelo Dubai injectam-se triliões de nada na economia numa tentativa desesperada de estancar uma doença espalhada e enraizada e que mais não é do que um prolongamento da vida através de balões de oxigénio.
E se me é permitida a analogia com as doenças do corpo humano ou das plantas, quando a doença é "má" não basta dar antiinflamatórios ou caldas. É preciso extrair o tumor ou podar a planta.
Infelizmente, numa perfeita demonstração de impotência e de nada mais se poder fazer vai-se dando à economia mais do mesmo.
Temo profundamente que o colapso fique adiado por uns tempos mas que venha a ser mais violento depois de tantos triliões de nada injectados sabe-se lá aonde.
Triliões esses que não estar para já a gerar qualquer confiança porque fica a impressão de que os nossos governantes aprenderam com certos banqueiros o esquema da "D.Branca" e estas engenharias financeiras de que se socorrem só enganam quem quer ser enganado.
Acabei de ouvir na BBC um comentário vindo do Banco de Inglaterra admitindo que esta crise possa durar 10 anos.
Admitir que possa durar 10 anos significa apenas que não se vislumbra nem solução nem o fim da crise. Significa também que não há restia de esperança de que esta crise seja mais ou menos passageira.
E admitindo uma crise de 10 anos a minha pergunta é:
Quais as consequência económicas?
Quais as consequências sociais?
E num mundo tão perigoso como o de hoje, com tantos ódios e radicalismo que irá suceder?
Caro Álvaro, claro que eu estou a desenhar um cenário muito cinzento.Porque me recuso simplesmente a pintar um cenário preto um cenário preto.
Mas como diria Julio Cesar, os dados estão lançados. Quando eles pararem de rolar logo ficaremos a saber o resultado.
Um abraço
A.Neto
Peço desculpa, mas não consigo deixar de dizer:
"E num mundo tão perigoso como o de hoje, com tantos ódios e radicalismo que irá suceder?"
Duvido que seja mais perigoso, mais radical ou mais odioso que o mundo de há 100 anos atrás. Até é possível que seja menos, por a educação abranger muito mais pessoas.
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