12 fevereiro 2009

O PLANO OBAMA

O plano Obama de estímulo económico foi aprovado pelo Senado americano. Agora é esperar que resulte. Porém, mesmo que resulte, os resultados só se irão ver dentro de 6 ou 12 meses. Só então é que poderemos saber melhor quão grande é esta crise.
Entretanto, se quiser saber o que alguns dos melhores economistas mundiais pensam sobre o plano Obama e a crise numa linguagem acessível a todos, vale a pena espreitar aqui.

4 comentários:

antonio disse...

A 1ª dificuldade para encontrar soluções para a crise é compreendê-la. Esta é uma crise passageira, uma crise que vai levar uma duzia de anos a resolver ou será que é um virar de página na ordem mundial e que nada será como danres?
Aqilo que se está a fazer é uma iniciativa muito clássica de actuação sobre a economia mas muito arriscada. Não entendo muito de economia mas esta injecção de dinheiro e de uma confiança demasiado artificial arriscamo-nois a ter uma enorme bolha passados pouco meses.

Eu cá por mim tenho enormes duvidas dos bons resultados desta politica.

Antonio

Alvaro Santos Pereira disse...

Olá António
Tem toda a razão. Ainda não se sabe quão grave e prolongada vai ser a crise, mas as medidas de combate não têm precendentes, pelo menos em termos da sua escala. Veremos o seu impacto e se haverá riscos de inflação dentro de 1 ano ou 2.

Já agora, gostaria de o contactar. Se puder, envie-me um email para apereira@sfu.ca

Obrigado

Alvaro

antonio disse...

Caro Àlvaro,

É isso mesmo, ninguem sabe como vai evoluir esta crise. Ou melhor quase ninguem quer procurar entender o que se está a passar e, talvez por receio, andamos todos a fingir que se trata apenas de mais um resfriamento. E espera-se que as anginas passem daqui a mais uns meses.
Mas se não se tratar de um mero resfriamento que nos está a causar dificuldades de respirar e se tratar de um cancro no pulmão?

Existem muitas pessoas que quando se começam a sentir mal evitam ir ao médico com medo de receber uma má noticia. isto é, têm medo de encarar a realidade.

Parece-me que falta neste momento fazer um esforço de enquadramento histórico da actual
crise com todos os riscos que isso implica.

Mas se as soluções para a crise continuarem a ser uma repetição dos erros cometidos ao longo das ultimas décadas temo que as coisas se agravem muito mais e que os actuais balões de oxigénio que se andam a injectar na economia terminem mal.

Posso-lhe dizer que ontem tomei um café prolongado com um amigo que é director de uma empresa de um dos grupos financeiros que está actualmente muito em voga por más razões e fiquei com certeza de que a filosofia actual do capitalismo é sacar, sacar, sacar até esgotar os recursos e oportunidades. E depois quem vier atrás que feche a porta. E esta parece-me uma lógica imparável e que pode terminar mal.

Há coisaas que ultrapassam completamente uma lógica saudável de uma economia de mercado

Antonio

Unknown disse...

Mais receitas do passado. Dinheiro sobre dinheiro. É como continuar a encher de ar um balão que está roto. A verdade é que as fundações deste tipo de economia não foram colocadas em causa. A especulação e os offshores continuam a toda a brida e assim tenho muitas dúvidas de que ultrapassemos esta crise. É só uma questão de tempo até um trambolhão ainda maior. Até lá vão-nos estorquindo o pouco dinheiro que temos sob o pretexto do reanimar da actividade económica. É quase como tenatr reanimar um morto. Até se pode mexer, até pode ter um ultimo estertor, mas...mesmo assim, continuará a estar morto.

Hugo Dionísio
deuses-intestinos.blogspot.com