Mais um moralista desmascarado nos Estados Unidos. Desta vez foi John Edwards, um dos Democratas mais populares e influentes dos últimos anos. Na sua campanha para as presidenciais, Edwards não se cansou de apelar ao retorno dos "valores familiares" da América e à seriedade dos políticos. Edwards chegou a afirmar categoricamente que mentir para o público e trair os parceiros era de tal modo grave que, se fosse feito por um(a) político, este(a) deveria abandonar de imediato o seu cargo. Em casa de ferreiro espeto de pau, e, por isso, ficámos anteontem a saber que o próprio Edwards mandou os "valores familiares" às malvas e traiu a mulher com uma assistente da sua campanha eleitoral. Ainda mais grave, fê-lo quando a sua mulher combatia um cancro. E, claro, mentir ao público.
De facto, a situação só não é mais grave porque Edwards perdeu as eleições primárias. No entanto, o que ontem se debatia entre os comentadores americanos era saber o que é que teria acontecido se Edwards fosse o nomeado dos Democratas ou, mesmo, se fosse o escolhido para a vice-presidência. Com um escândalo deste tamanho, Edwards deitaria a perder todas e quaisquer possibilidades dos Democratas ganharem as eleições. Enfim, mais um moralista desmascarado. E ainda bem, digo eu.
1 comentário:
Eu cheguei a pensar que Edwards poderia ser vice-presidente. E tinha alguma simpatia por ele antes de o ouvir apoiar Obama com um discurso completamente demagógico.
Caiu-lhe a máscara.
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