Benditas eleições. Finalmente, vemos os partidos da oposição fazerem aquilo que há muito deviam estar a fazer, questionando o projecto do TGV. O presidente da Associação Empresarial de Portugal também já veio a público criticar o traçado da alta velocidade com palavras muito veementes. Finalmente, parece que começa a emergir entre nós um debate a sério sobre o TGV. Já era hora. Antes que seja demasiado tarde.
2 comentários:
Apesar de não ser um defensor do TGV (comboio), não será necessário uma nova linha de comboio, de preferência bitola europeia (para depois sim, caso realmente haja mercado, introduzir um comboio de alta velocidade)?
Não é a primeira vez que na Linha do Norte o Intercidades onde viajo pára, numa estação não programada, para deixar passar o Alfa. Segundo dizem a Linha do Norte está saturada, por experiência própria (apesar da minha amostra não ser significativa e possivelmente enviesada), é a sensação com que também fico.
Mas claro que não é só uma nova linha de comboio no Litoral. Não deveria Portugal investir mais em ferrovia que em rodovia (nomeadamente auto-estradas e vias equiparadas), especialmente no interior? Não devíamos montar um sistema de transportes públicos funcional e que realmente fosse uma boa opção à utilização de automóvel próprio? Não poderíamos assim poupar bastante em combustível, mas também tempo, poluição, entre outros factores negativos que vêm do uso sistemático e quase que individual de veículo próprio?
De cada vez que penso que uma capital de distrito como Viseu não tem linha ferroviária (só em Mangualde) e na quantidade de gente que, quando me desloco de e para Moimenta da Beira, vejo nos expressos para vários destinos desde Coimbra, Lisboa, Porto, que irão passar mais de 3 horas por estradas e mais estradas...
Bom, sem querer recorrer ao populismo ) porque nao conheco a fundo as razoes para tal, o que dizer do fecho das linhas do interior norte.
De resto, e aplaudindo o debate que se gera sobre o TGV, nao alimento grandes ilusoes que esse mesmo debate contribua para alterar uma decisao executiva que ja foi tomada. Duvido alias que uma reviravolta surpreendente nas proximas eleicoes legislativas que desse a vitoria do PSD pudesse interromper o decurso desta historia, triste, mas com um fim anunciado.
Mas enfim, sonhar podemos sempre.
Cumprimentos
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