Concordo inteiramente com Francisco José Viegas sobre os “excesso de hooliganismo anti-futebolístico” tão em voga entre (alguns de) nós.
Com efeito, quem já viveu fora do país e observou atentamente os hábitos desses povos sabe perfeitamente que o nosso fervor futebolístico não é, de modo algum, excepcional. Tanto no Reino Unido, como no Canadá e Estados Unidos, existem variadíssimas estações de rádio inteiramente dedicadas ao desporto (as chamadas Talk Sports Radios), nas quais, para além da cobertura de eventos desportivos, se dissecam durante horas e horas a fio assuntos tão importantes como se aquele ou aqueloutro jogador merecia mesmo o cartão amarelo, se as novas camisolas respeitam o espírito e tradição da nossa equipa, se a namorada do jogador X é mais bonita que a mulher de Y, ou mesmo se o novo penteado do treinador nos irá trazer má sorte à equipa. Comparadas estas rádios, os nossos debates radiofónicos dedicados ao futebol são umas meras brincadeiras de amadores.
O fanatismo futebolístico (e desportivo) noutros países é tão grande que frequentemente se perde toda a noção de razoabilidade e bom senso. Por exemplo, em todos os Europeus (não no próximo) e Mundiais de futebol existe um verdadeiro clima de euforia na Inglaterra, com contornos extremamente nacionalistas, tendo, por vezes, mesmo laivos xenófobos. Quando Portugal bateu a Inglaterra nos penalties em 2006, dizer que se era português era praticamente um crime. Havia um palpável ressentimento contra os portugueses, mesmo em lugares habitualmente insuspeitos e multiculturais, como sejam as universidades e empresas multinacionais. Nessa altura, a campanha contra o Cristiano Ronaldo atingiu proporções desmesuradas, com ameaças de morte e ataques à sua casa. Um dos tablóides ingleses, sempre tão isentos e zelosos, deu o número do telemóvel de Ronaldo aos seus leitores, juntamente com frases em português “apropriadas”.
E nem se pense que este fervor desportivo é um mal europeu. No Canadá e nos Estados Unidos (para já não falar na Índia com o cricket, a Nova Zelândia com o rugby, etc.), o fenómeno desportivo é tão ou mais acentuado que na Europa. Pensarmos que a febre futebolística nacional é só um sintoma do nosso alegado subdesenvolvimento é simplesmente um mito.
ASP
Com efeito, quem já viveu fora do país e observou atentamente os hábitos desses povos sabe perfeitamente que o nosso fervor futebolístico não é, de modo algum, excepcional. Tanto no Reino Unido, como no Canadá e Estados Unidos, existem variadíssimas estações de rádio inteiramente dedicadas ao desporto (as chamadas Talk Sports Radios), nas quais, para além da cobertura de eventos desportivos, se dissecam durante horas e horas a fio assuntos tão importantes como se aquele ou aqueloutro jogador merecia mesmo o cartão amarelo, se as novas camisolas respeitam o espírito e tradição da nossa equipa, se a namorada do jogador X é mais bonita que a mulher de Y, ou mesmo se o novo penteado do treinador nos irá trazer má sorte à equipa. Comparadas estas rádios, os nossos debates radiofónicos dedicados ao futebol são umas meras brincadeiras de amadores.
O fanatismo futebolístico (e desportivo) noutros países é tão grande que frequentemente se perde toda a noção de razoabilidade e bom senso. Por exemplo, em todos os Europeus (não no próximo) e Mundiais de futebol existe um verdadeiro clima de euforia na Inglaterra, com contornos extremamente nacionalistas, tendo, por vezes, mesmo laivos xenófobos. Quando Portugal bateu a Inglaterra nos penalties em 2006, dizer que se era português era praticamente um crime. Havia um palpável ressentimento contra os portugueses, mesmo em lugares habitualmente insuspeitos e multiculturais, como sejam as universidades e empresas multinacionais. Nessa altura, a campanha contra o Cristiano Ronaldo atingiu proporções desmesuradas, com ameaças de morte e ataques à sua casa. Um dos tablóides ingleses, sempre tão isentos e zelosos, deu o número do telemóvel de Ronaldo aos seus leitores, juntamente com frases em português “apropriadas”.
E nem se pense que este fervor desportivo é um mal europeu. No Canadá e nos Estados Unidos (para já não falar na Índia com o cricket, a Nova Zelândia com o rugby, etc.), o fenómeno desportivo é tão ou mais acentuado que na Europa. Pensarmos que a febre futebolística nacional é só um sintoma do nosso alegado subdesenvolvimento é simplesmente um mito.
ASP
1 comentário:
Quando resolvi entrar nesta página,
acreditei por alguns instantes, que eu tinha encontrado, pelo menos, uma pessoa que pensava igual a mim, mas me enganei. Acredito que se dermos mais importância à outras coisas e menos o futebol, seríamos mais coerentes e menos irracionais.
Por que eu me importo em ser nº 1
no futebol e ser o último em D.H.
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