Como já aqui falámos, há um enorme número de fundamentalistas que têm inventado as mais mirambolantes teorias de conspiração sobre Obama e têm espalhado as mais inacreditáveis mentiras sobre o novo presidente americano. Entre outras, os fundamentalistas têm acusado Obama de ser diferente (i.e. negro), muçulmano, marxista, de ter estudado numa madrasa na Indonésia, de ser filho de Malcom X (!!!), e até de ser o Anti-Cristo.
Porém, não se pense que estas pseudo-teorias e falsidades se limitam aos Estados Unidos. Assim, nos últimos dois dias este blog tem recebido literalmente centenas de visitas (principalmente do Brasil, mas também de Portugal) por causa deste post, onde se falou da tentativa de demonização de Obama por parte dos fundamentalistas. Enfim... Quando os que ganham são diferentes e não partilham necessariamente a nossa ideologia política, não é dificil apelar aos nossos sentimentos mais primários e irracionais para espalhar o medo, a ignorância e o fundamentalismo.
2 comentários:
Caro Álvaro Santos Pereira, concordo inteiramente consigo, principalmente com o seu último parágrafo, onde poderia também simplesmente estar "Quando os outros são diferentes...etc...".
De facto, é muito fácil (e até psíquicamente útil)projectarmos no Outro os nossos piores conteúdos, principalmente aqueles mais destrutivos e inaceitáveis à integridade do próprio Eu. É para esse efeito que existe a figura do "Bode-Expiatório".
Ser diferente parece ser contrário a um dos objectivos que o Homem mais ambiciona: ser Amadado (ou por outras palavras que descortinam o egocentrismo primário: ser admirado, adorado, escutado, protegido, mimado, etc).
Ver nos outros a obtenção daquele tão desejado Amor e não partilhar dessa vitória emocional (por identificação) é o caminho provável para a revolta (ou a birra) manifestada através dos mecanismos de inveja (essa pulsão destrutiva) que desde logo se permitem reconstruir socialmente sob a forma da malícia, do boato, do escárnio, etc.
Nada disso importa agora. O que é importante é que vivemos um acontecimento histórico, um marco na evolução civilizacional.
Um abraço desde o Algarve.
OLa Jorge
Obrigadissimo pelo comentário. Concordo consigo e acho que a analogia da figura do bode expiatório é, sem dúvida, bem utilizada.
Já emendei o último parágrago tambem. Obrigado pela sugestão
Abraço
Alvaro
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