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À primeira vista, Obama parecia tudo menos um candidato à presidência da América. É negro, filho de um africano, foi criado por uma mãe solteira e por uma avó, tem Hussein no seu nome (numa altura em que as repercussões do 11 de Setembro ainda estão bem presentes), é originário do longínquo Hawai, cresceu na Indonésia, e tem pouca experiência. Por isso, a tarefa de Obama parecia impossível.
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Porém, a fé de Obama permaneceu inabalável. E perseverou contra todas as adversidades e dificuldades. Ganhou aos grandes favoritos, derrotando McCain (um herói da guerra do Vietname) e Hillary Clinton. Como é que o conseguiu? Com a sua calma contagiante e com a sua oratória inspiradora. Sinceramente, nunca vi nem nunca ouvi um líder político tão talentoso e tão entusiasmente. Collin Powel chamou-o "transformational". Sem dúvida alguma. Obama é um daqueles raros políticos que nos fazem voltar a acreditar em nós próprios e na humanidade. Nos tempos modernos, talvez só Nelson Mandela se possa comparar a Obama.
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Certamente que Obama fará e cometerá muitos erros. Felizmente, Obama não é perfeito. Mesmo assim, tenho a certeza absoluta que dentro de umas décadas olharemos para trás e diremos aos nossos netos que foi neste dia que as últimas barreiras raciais foram derrubadas, foi neste dia que os americanos mostraram ao mundo que as oportunidades são mesmo para todos, independentemente da cor da sua pele. E por isso devemos estar todos agradecidos a Obama e aos Estados Unidos.
1 comentário:
É também assim que vejo este resultado: histórico e admirável, não porque Obama vá ser um grande presidente (e esperemos que o seja) mas porque nos mostra quão bonita se está a tornar a América.
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