15 julho 2008

ECONOMIA PORTUGUESA

O Banco de Portugal publicou hoje o seu boletim de Verão. Como era de esperar, num cenário de grande arrefecimento da economia mundial e subida considerável dos produtos alimentares e petrolíferos, as previsões do Banco sobre a economia portuguesa são mais pessimistas que as apresentadas no início do ano. Ainda assim, e apesar do abrandamento, as exportações continuam a resistir e o investimento dá sinais de finalmente estar a recuperar após ter caído 13 por cento entre 2002 e 2006. Mais tarde analisarei o que o Boletim do BP nos diz. Por enquanto fica aqui um cheirinho do mesmo:
"As perspectivas para a economia portuguesa no período 2008-2009 são marcadas por um fraco crescimento da actividade, num contexto de deterioração do enquadramento económico e financeiro internacional. A interacção entre a desaceleração económica a nível global e a situação de turbulência nos mercados financeiros internaci onais, bem como o aumento dos preços das matérias-primas, com destaque para o petróleo, não deixará de ter um impacto muito significativo numa pequena economia como a portuguesa, fortemente integrada em termos económicos e financeiros. A redução da procura externa dirigida às empresas nacionais, o aumento do grau de restritividade das condições de financiamento e a transmis são do elevado nível do preço do petróleo aos custos internos são factores que deverão afectar negativamente o crescimento económico no horizonte de previsão. Neste contexto, projecta-se um aumento significativo das necessidades de financiamento da economia, reflectindo uma deterioração da balança energética e um aumento substancial do défice da balança de rendimentos, decorrente da evolução dos custos de financiamento e da deterioração continuada da posição de investi mento internacional. Esta projecção encontra-se rodeada por níveis de incerteza particularmente elevados e apresenta riscos descendentes significativos sobre a actividade económica associados, no essencial, à duração e magnitude da turbulência nos mercados financeiros internacionais, bem como à respectiva interacção com o crescimento económico a nível global."

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