Ainda há uns meses vimos os membros do governo português em sucessivos périplos pelo mundo fora à procura de compradores da nossa dívida pública, numa tentativa quase desesperada para evitar o que veio a revelar-se inevitável. Agora a história repete-se para a Espanha, embora existam algumas pequenas diferenças. Assolada por uma crise bancária cujas dimensões ainda não são totalmente conhecidas, e sabendo que o seu país poderá ser a próxima peça do dominó da dívida soberana europeia a cair, as autoridades espanholas têm tentado convencer o Qatar, Singapura, e a China para investirem nos bancos regionais espanhóis. O entusiasmo da iniciativa do governo Zapatero foi tal que o governo espanhol anunciou um avultado investimento da China nos bancos espanhóis na ordem dos 9 mil milhões de euros. O problema é que, para grande constrangimento do governo de Espanha, esse investimento nunca se materializou. De tal modo que as próprias autoridades chinesas já vieram a público negar esse mesmo investimento. Perante o natural embaraço, a Espanha já anunciou que, afinal, tudo se deveu a um "erro de comunicação". Enfim, assim vai a nossa Europa a caminhar de vento em popa.
3 comentários:
«(...) O comunista António Vilarigues apresenta-as hoje no Público:
" Contas feitas pelo economista Eugénio Rosa ( uma espécie de Medina Carreira alternativo e sem projecção mediática, mas com maior rigor matemático- nota minha) indicam que segundo os dados do Banco de Portugal, no período 2000-2010, a dívida total líquida do país aumentou 269 por cento. A dívida líquida externa do Estado cresceu 122,6, por cento, menos de metade do crescimento da dívida do país. Mas a dívida líquida da banca e das empresas ao estrangeiro aumentou 629,2 por cento(!!!). Isto é, cinco vezes mais que o aumento percentual da dívida externa do Estado."
E continua:
" Uma das características da actual crise é a transformação da dívida privada, contraída pelo sistema financeiro com as suas trampolinices e "lixos tóxicos", em dívida pública a ser paga por todos nós. No caso de Portugal, os dados são esclarecedores. Desde 2008 ( em euros) a banca portuguesa recebeu quatro mil milhões dados pelo Governo; 20 mil milhões em avales; cerca de 7,7, mil milhões ( ou quase cinco por cento do PIB de Portugal) enterrados no BPN, dos quais dois mil milhões já aparecem nas contas públicas; cerca de 450 milhões no BPP; cerca de quatro mil milhões ( 2008 a 2010) só em juros roubados dos nossos impostos no esquema de "eu ( banco português) vou ao BCE pedir a um por cento e empresto-te a 4, 5 a 6 a 7, a 8 a 9...por cento"; para pagamento do IRC a rondar em média os 10 por cento ( quando a taxa é de 25 por cento); no OE para 2011 avales no valor de 20,181 milhões e ajudas para aumentos de capital de 9,146 milhões; lucros líquidos em 2010 iguais aos de 2009- cinco milhões de euros por dia- pagando metade dos impostos."
E pergunta o articulista comunista: " E dizem que já não aguentavam mais sacrifícios?" E acrescenta ainda: " o comissário europeu para os assuntos económicos revelou que "é quase certo" que parte dos 80 mil milhões da chamada ajuda para Portugal será canalizado para a banca portuguesa."
Dito isto talvez valha a pena acrescentar que aquela fina flor do lixo em que transformaram os seus bancos, assim considerados pelas agências de rating, merecem um castigo nacional. Não deveriam ficar impunes nesta desgraça porque são autores, co-autores e cúmplices do desgoverno da última dúzia de anos.(...)»
Fonte: http://portadaloja.blogspot.com/
Mas como conseguir, em Portugal, instrumentos de poupança em que possamos ter confiança?
Certificados públicos são "lixo".
Os Bancos colocam as nossas poupanças no mesmíssimo "caixote". O que fazer?
Precisaríamos de um instrumento para poupanças nossas, para aplicar em Portugal, mas garantidos pelo BCE. Como quem diz, pela Alemanha.
Mas com estes governantes...não é possível.
http://irresponsaveis.blogspot.com/2011/04/poupanca.html
o socras so pediu ajuda ao fmi/ue quando os principais bancos portugueses deixaram de comprar divida publica portuguesa porque o bce ja nao a aceitava como garantia de financiamento junto destes. como todos sabemos socras mente todos os dias e esta muito bem assessorado do ponto de vista comunicação e imagem. como investimentos e aceitando algum risco façam fundos de investimento obrigacoes taxa variavel, accoes e fundos de fundos na forma de plano de investimento para diluir o risco, na zona euro/suica/noruega ou emergentes. os fundos estão fora dos balanços dos bancos e nao fazem credito, sao dos participantes, o risco esta nos seus activos mas cada qual é que sabe o perfil de risco e opta conforme o prospecto e a carteira de activos. cumpts Bellof
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