Há cada vez menos dúvidas que a Grécia deve acabar por reestruturar a sua dívida, provavelmente mais cedo do que mais tarde. Agora surgem informações de que se começa a delinear um plano europeu em que os empréstimos concedidos à Grécia em 2010 poderiam ser alargados por um período de 30 anos e a dívida grega seria reestruturada. Mais concretamente, a Grécia usaria o fundo europeu para comprar obrigações gregas ao BCE e aos detentores privados da dívida helénica a 75% do valor nominal, e, em seguida, as maturidades das obrigações gregas seria alargadas para 15 e 20 anos.
Veremos se este plano vai mesmo para a frente. De uma coisa podemos certos, se a Grécia (e a Europa) avançar, certamente que a Irlanda não ficará para atrás.
E, como é evidente, nesse cenário, não seria surpreendente se houvesse uma pressão enorme para que nós o fizessemos também. Resta saber se o governo português estaria disposto a fazê-lo. É que, como aqui já referi várias vezes, os custos políticos seriam certamente insuportáveis, de modo que não seria de todo surpreendente se o governo fizesse os possíveis e os impossíveis para evitar chegar a essa situação.
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