
Parecem estar reunidos todos os ingredientes para uma crise grave e com contornos globais. Será que esta se irá materializar? Ninguém tem a certeza. Um abrandamento é inevitável e, pelo que parece, uma recessão também. O que resta saber é quão longa, quão extensa e quão profunda será esta recessão. Por um lado, estamos, sem dúvida alguma, mais bem preparados para combater uma recessão global do que nos anos 70 (quando o preço do petróleo triplicou em poucos meses). Por outro lado, a economia mundial também está bem mais integrada do que então, o que quer dizer que um choque numa economia como os Estados Unidos terá maior impacto e maiores ramificações. No entanto, temos que levar em linha de conta um factor que não existia nos anos 70, que é a entrada da China e de outros importantes países subdesenvolvidos no processo económico internacional. Nunca os países subdesenvolvidos cresceram tanto como actualmente e nunca a economia mundial esteve tão dependente destes mesmos países. Pelo menos na era moderna. Por isso, apesar dos sinais de alarme se repetirem um pouco por todo o mundo ocidental, não carreguemos já no botão de pânico à espera da maior recessão mundial desde os deprimentes anos 30. Ainda não estamos lá (bem longe disso) e é provável que lá não cheguemos. Nem que não seja porque actualmente estamos muito mais bem equipados para lidar com este tipo de ameaças.
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