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Dito isto, o que eu tenho dúvidas é que uma instituição com quase 700 investigadores (!) possa trabalhar eficientemente. Afinal, como afirma Alberto Amaral, antigo reitor da Universidade do Porto: "Não há nenhum sítio em Portugal, nem há muitos sítios na Europa, que reúna num instituto de investigação cerca de 600 investigadores altamente qualificados" Pois não. E porque será? Será porque não faz sentido agregar tantos investigadores numa só instituição? Será que porque uma tal instituição poderá ser mais uma fonte de burocracia do que de excelência? Será porque existe o risco de existirem rendimentos decrescentes? Ou será que nós, portugueses, é que descobrimos a pólvora e inventámos uma supra-instituição investigadora capaz de rivalizar como o próprio MIT (tão admirado pelos nossos governantes)?
Acima de tudo, o que lamento é a escolha de nomenclatura. IPATIMUP é tão mais sui generis, tão mais singular, tão mais atraente do que I3S. I3S? I3S?? Que nome tão desadequado a instituição tão nobre, tão promissora, a um sonho tão bem sonhado. Parece mais uma designação de robots de um livro de ficção científica do que o nome daquele que pretende ser o instituto médico mais importante de Portugal.
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