18 janeiro 2008

A LEI QUE NÃO É

Cada vez mais a Lei do Tabaco é uma lei que não é. Mais um dia, mais uma excepção. Segundo o DN de hoje, "O fumo vai ser permitido nas discotecas, sem imposição de quotas máximas de espaço para fumadores". Este número crescente de excepções até se entende e justifica, até porque o próprio inspector-geral da ASAE foi um dos primeiros a não cumpri-la (e ainda não se demitiu) e é, certamente, uma parte interessada que a lei não resulte. Mesmo assim, é cada vez mais incompreensível a introdução da Lei do Tabaco. Se o governo não queria mesmo que a Lei do Tabaco não surtisse feito, porque é que foi aprovada? Para consumo externo? Para mostrar aos outros europeus que somos um país avançado que se preocupa com o bem-estar dos não fumadores? Para tentar iludir os(as) portugueses(as) que o governo estava interessado na saúde dos(as) mesmos(as). Enfim, cada dia que passa dá a impressão que a Lei do Tabaco é uma simplesmente uma fachada de populismo barato, uma verdadeira fantochada que o governo nos arranjou para fingir que se preocupa com a saúde pública. Para ter acontecido o que está a acontecer, mais valia não ter feito nada.

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