O Mitos continua no top dos livros de Economia e Gestão mais vendidos. Segundo o PUBLICO de hoje, o top nacional da FNAC é o seguinte:
1. Bolsa: Investir e Ganhar MaisMiguel Gomes Silva (K Editora)
2. Ganhar em Bolsa
Fernando Braga de Matos (Dom Quixote)
3. Mitos da Economia Portuguesa
Álvaro Santos Pereira (Guerra e Paz)
4. Quem Mexeu no Meu Queijo
Spencer Johnson (Pergaminho)
5. O Futuro da Gestão
Gary Hamel
3 comentários:
Estimado Senhor Professor, é só para o cumprimentar e dizer-lhe que o seu livro "Mitos" merece ser destacado e lido por muitas mais pessoas. A reacção unânime (que pessoalmente considero notável pela heterogeneidade do grupo) dos meus amigos ao post que tomei a liberdade de colocar no meu blog http://malveiro.blogspot.com/ tem sido a de manifestarem o maior interesse pela leitura e divulgação desta sua obra. Parabéns e continue s.f.f.
Os melhores cumprimentos.
JAM.
Caro Autor,
Antes do mais, perdoe-me dirigir-lhe esta mensagem num blog, mas não consegui encontrar outro meio mais discreto de o fazer. Aliás, como não sou frequentador de blogs e nem sei muito bem como é que isto funciona, não estou sequer seguro de conseguir colocar o meu texto onde quero. Por isso, seja o que Deus quiser...
Dois dias foi de qunto precisei para ler o os “Mitos da Economia Portuguesa”. Só por si, esse facto já diz bastante do interesse que o livro despertou em mim. Embora não concorde com tudo o que nele se diz, nomeadamente com a “ideologia” que lhe está subjacente, penso que se trata de um livro interessantíssimo, que expõe de forma clara algumas verdades que precisavam de ser ditas. Daí que ache que vá em breve surgir uma segunda edição, que o livro bem merece. E é esse facto que justifica este meu comentário. Se me permite, aconselho-o a fazê-lo rever rapidamente por alguém competente em português. De facto o livro, que até teve um revisor e um paginador, é uma autêntica colectânea de erros de português. Dou apenas alguns exemplos:
Em português, mandam as regras, não se separam vogais. Pois parece de propósito, aí uns 80% das palavras que transitam para a linha seguinte estão separadas exactamente pelas vogais. Claro que isto pode não ser culpa sua, mas afinal para que é que serviram o revisor e o paginador?
Na pág. 63, temos “o Chipre”; mais adiante, já se diz simplesmente “Chipre”. Na pág. 129, lemos “Estados-membros”; mais adiante, temos “Estados membros”. Em ambos os casos, não só temos um erro, como temos também aquela característica tão portuguesa da inexactidão e da falta de rigor. Qualquer coisa serve.
Na pág. 197, ficamos a saber que “algumas zonas do Algarve ainda têm mais gente a trabalhar na agricultura do que a Inglaterra tinha há 200 anos atrás”. Não fosse o leitor pensar que seria 200 anos à frente.
Um dos vários exemplos de frases mal construídas está na pág. 138: “No entanto, também é indesmentível que a nossa independência teve custos muito assinaláveis, tanto a nível de perda de vidas humanas, como também à extrema e invulgar dependência econónica...”Tanto a nível... como à”??? Que raio de construção é esta? Aliás, não deve haver uma única página em todo o livro que não tenha (pelo menos) uma preposição errada.
Finalmente e para terminar esta lista de exemplos (repito, trata-se apenas de alguns exemplos), temos a cereja sobre o bolo, como os portugueses gostam agora de dizer, para fingir que percebem alguma coisa de francês: na pág. 127 ficamos a saber que “têm havido tentativas de reformas”; e na pág. 128 aprendemos que “apesar de terem havido havido muitos erros... a verdade é que durante os anos Thatcher efectuaram¬ se reformas importantíssimas”. Francamente, é difícil fazer erros mais básicos.
Será a este churrilho de asneiras e mau português que Nicolau Santos chama “desconstrução da linguagem”? Ou “estilo aberto e informal” significa apenas mau português, com erros inadmissíveis a nível da instrução primária?
Reitero, pois, o meu conselho inicial: antes de sair a 2.ª edição, dê o livro a rever a alguém que saiba português. Eu sei que, hoje em dia, é difícil encontrar a pessoa certa, tal o nível de ignorância a que se chegou. Mas pode-se sempre tentar, não é?
Saudações,
Frederico Leal
Caro Frederico Leal,
Obrigado pelo seu comentário, que muito aprecio e agradeço. Em relação à ideologia, confesso que não foi minha intenção conotar-me com nenhuma. Tentei apenas dar os factos e deixar que o(a) leitor(a) decidisse.
Em relação os erros que menciona, o livro teve, de facto, um revisor e um paginador. Mesmo assim, em todos os livros existem sempre coisas que não correm sempre bem. Há sempre correcções a fazer. Não será o "churrilho de asneiras" que refere, mas há alterações já programadas. Tem toda a razão nos exemplos que dá e que serão incorporados na segunda edição.
Cumprimentos
ASP
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