Mais um dia de primárias na América. Hillary e Romney ganharam no Nevada e McCain na Carolina do Sul. Hillary confirma-se como a favorita dos Democratas e McCain dos Republicanos. Os grandes perdedores no lado dos Republicanos foram Huckabee (nem a história dos esquilos fritos o salvou) e Fred Thomson. É dificil acreditar que Thomson permaneça na corrida muito mais tempo. Talvez a Florida (cujas primárias são a 29 de Janeiro) seja a sua última oportunidade. Para Huckabee, não ganhar um estado do Sul e conservador como a Carolina é muito indicativo das limitações da sua campanha e quão apelativa é a sua mensagem. Provavelmente, só uma desistência de Thomson poderia revitalizar decisivamente a sua campanha. No campo Republicano, os grandes vencedores do dia foram Romney, que ganhou mais uma primária, e, principalmente, McCain, que tinha sofrido uma gramde derrota na Carolina do Sul em 2000. Assumindo que a estranha estratégia de Giuliani não dê frutos na Florida, a corrida dos Republicanos deverá ser decidida entre McCain e Romney.
No campo Democrata, Hillary surge agora como a "front runner". Se conseguisse ganhar na Carolina do Sul, partiria para a "Super Tuesday" de 5 de Fevereiro com grande vantagem. Obama precisa de ganhar na Carolina. Se Edwards não ganhar a Carolina do Sul, provavelmente estará fora da corrida. No dia 26 saberemos.
2 comentários:
Li eu, creio que no New York Times ou talvez na revista Glamour, aqui ha' uns dias uma opiniao de alguem muito frustrada com a forma como os media Americanos tratam a Senadora Clinton. Perguntava a pessoa porque e' que os media a tratam por Hillary e nao Clinton, dado que todos os outros candidatos sao refereridos pelo ultimo nome. Sera' apenas um sinal de "endearment" ou uma familiaridade que esconde outro motivo? Eu ainda nao tinha pensado no caso desse ponto de vista pois frequentemente me refiro ao Presidente Clinton por Bill e 'a Senadora Clinton por Hillary. Mas ao ler o teu post, recordei-me do comentario. Chegaste a ler a opinion piece de Gloria Steinem no NYT (http://www.nytimes.com/2008/01/08/opinion/08steinem.html)?
Em parte, acho que a estratégia inicial de Hillary Clinton passou por distanciar-se do marido. Por isso, os seus acessores foram dos primeiros a dar mais enfase ao Hillary do que ao Clinton. Concordo com a Gloria Steinem (obrigado pela sugestão) que as mulheres ainda têm muitas dificuldades para se impôr na política americana (segundo ela, "Gender is probably the most restricting force in American life"). Mas, a raça (não branca) também. É por isso que estas eleições são tão interessantes e, de certa forma, revolucionárias. Pela primeira vez, poderemos ter ou uma mulher ou um afro-americano (e filho de um imigrante africano) a ser eleito para a presidência do país mais poderoso do mundo.
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