04 janeiro 2008

UM ANO DEPOIS


Há exactamente um ano, estava eu numa entrevista de emprego em Vancouver quando recebi um email do Manuel Fonseca, na altura editor da Guerra e Paz, a informar-me que tinha lido 50 páginas do Diário de um Deus Criacionista e que tinha gostado tanto do que tinha visto que me propôs a imediata publicação do livro, mesmo sem ler as restantes páginas. Escusado será dizer que fiquei tão satisfeito com as novidades que a entrevista de emprego correu muitíssimo bem e, assim, uns meses mais tarde, regressei à cidade mais bonita do Canadá.
Uns dias mais tarde encontrei-me pela primeira vez com o Manuel em Lisboa para combinar os detalhes da efectiva publicação do romance. Nessa ocasião, o Manuel perguntou-me (e desafiou-me) se não gostaria de escrever um livro de Economia num estilo mais descontraído, um desafio que aceitei uns dias mais tarde. Foi assim que surgiu o Mitos da Economia Portuguesa.
Entretanto, o Criacionista foi publicado em finais de Abril. O blog do livro encontra-se aqui.

Vale a pena recordar que este é "um diário da História de Deus e da Sua solidão infinita durante biliões e biliões e biliões e biliões de anos e da Sua magnífica e bela Obra e do BIG BANG e da incrível criação dos universos e do Tempo e da matéria e das estrelas e da expansão desmesurada do Cosmos-que-atingiu-uma-ENORMIDADE-tal-deixou-o-Divino-com-os-nervos-em-franja e do aparecimento dos Anjos e da rebelião do Diabo e do desenvolvimento da vida e dos dinossauros e do maldito asteróide que os aniquilou e do crescimento dos mamíferos e dos símios-que-desceram-das-árvores e dos símios-grunhidores-que-tanto-irritaram-o-Eterno e de Adão e de Eva e de Noé e de Abraão e de Sara e de Moisés e de todos os restantes protagonistas de todos os livros sagrados e de todos os santos e de todos os tementes do seu Criador, que é só Um, Uno, Infinito e Sagrado. Esta é uma obra de ficção, e qualquer semelhança com a realidade poderá ou não ser coincidência. Só Deus saberá.”

1 comentário:

Manuel S. Fonseca disse...

Álvaro,
Não há dois sem três. A sua história com a Guerra e Paz ainda vai no adro. Há mais Diários e mais Mitos à nossa espera. Prometo que vou pensar nos incentivos.
Um abraço