Mário Lino, o ministro responsável pela construção do TGV e do novo aeroporto internacional, não gostou das críticas do líder parlamentar do PSD sobre os grandes investimentos públicos do Governo no seu discurso do 25 de Abril. Segundo Mário Lino, «Ouvir o discurso do líder parlamentar do maior partido da oposição na sessão solene do 25 de Abril foi ver uma visão cinzenta e salazarenta do país, sem investimentos e sem legado para as gerações futuras." Ou seja, quem ousa criticar as opções do governo sobre os grandes investimentos públicos é salazarento e cinzentão. É, sem dúvida, muito mais bonito endividar ainda mais o país para construir uma infra-estrutura ferroviária que se irá tornar no maior fiasco financeiro dos últimos 50 anos. Um excelente legado para as gerações futuras, sim senhor. Não é salazarento, mas não deixa de ser mobututenco, i.e. uma estratégia digna do saudoso Mobutu Sese Seko, que deixou ao Zaire (agora República Democrática do Congo) lindos legados para as gerações futuras.
28 abril 2009
SALAZARENTO VS MOBUTU
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1 comentário:
Boas Álvaro,
A resposta para tais "baldas e baldrocas" dos nossos políticos pode estar no pensamento do professor Medina Carreira que diz que, "Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse." Cá para mim, o Mário Lino é daqueles políticos que, ao contrário do que defende no "O Medo do Insucesso Nacional", não é um dos político que ganha pouco para o que faz ou diz, pelo contrário! Este ministro, é um daqueles que em 99,9% das vezes o melhor que tinha a fazer era estar calado e quieto. A única vez que deveria ter o poder palavra seria para expressar, alto e em bom tom: "DEMITO-ME"!
Abraço
LL
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