10 janeiro 2011

AINDA A EMIGRAÇÃO (3)

O jornal britânico The Guardian fala sobre a nova vaga da emigração portuguesa e refere alguns efeitos positivos que esta vaga migratória pode vir a ter no nosso país.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sou muito céptico, em boa verdade parte dos meus professores universitários estudaram no estrangeiro, estavam sempre a criticar o funcionamento da faculdade e a elogiar o sistema inglês, americano ou sueco, mas nunca fizeram nada para mudar as coisas das quais discordavam, pois isso implicava mexer nalguns interesses menos claros das regências e dos assistentes. Importa salientar que esta geração poderá mesmo nunca mais voltar.

Tiago Villanueva disse...

A autora é uma jornalista Portuguesa e diz: "Statistics portray a youth that is averse to risk-taking, values comfort and longs for security. The Portuguese social structure is shaped by dependent children or married people."

Todavia, não vejo qual é o problema de querer conforto e segurança, toda a gente quer isso! Vejo o problema em Portugal precisamente ao contrário; hoje em dia, é difícil para as novas gerações altamente qualificadas assentarem e poderem aspirar a esse conforto e segurança, quando o mais provável é terem um emprego mal pago e precário. Têm portanto de emigrar para aspirar a melhores perspectivas remuneratórias e de desenvolvimento profissional, que subsequentemente lhes permita atingir esse conforto e segurança!

Guillaume Tell disse...

Há vantagens em emigrar? Há.
A gente que fica infiada nas suas terrinhas em Portugal deveria tentar ir para o estrangeiro, nem que seja só para ter uma ideia do que é o mundo? Deve.
O facto de termos emigrantes é uma excelente fonte de rendimentos para o país, quer seja em exportação, remessas, turismos etc? É.
O facto de ter emigrantes é uma vantagem se conseguirmos os fazer regressar para depois trazeram ideias e metódos novos? É.
A vída estará de tal maneira má em Portugal que a emigração é a melhor (menos má) solução para os que ainda estão lá? Para muitos, sim.

Agora, será normal fugir à primeira desgraça? Não.
Será normal haver pessoas em Portugal que se recusam ir trablhar fora da zona deles, mas que à primeira proposta vinda o estrangeiro partem logo? Não.
Será normal existir em Portugal desempregados e incompetentes que roubam o Estado, as empresas, que se queixam de tudo e mais alguma coisa, que recusam todo tipo de trabalho mas quando estão no estrangeiro são verdadeiros escravos, ou no minímo trablhadores dóceis e que não hesitam em labutar 10, 11, 12 horas de trabalho por dia com condições de trabalho dignas do século XIX? Não.
Será normal ainda existir gente em Portugal que faz milhares de créditos para coisas inúteis (quando se é pobre não se precisa de uma televisão HD, de um I-Phone...)? Não.

Não vivendo em Portugal, tenho alguma moralidade para julgar as pessoas que, por x razões, saíram do país, ou tencionam o fazer? Não.
Terei razão de menosprezar os que emigram por as razões que apresentei no segundo páragrafo? Sim.
Será que me aguentarei quando regressar a Portugal? Nem que seja para não ser como aqueles que citei à pouco.