Segundo os dados mais recentes do Ministério do Trabalho espanhol, o número de portugueses a trabalhar em Espanha tem vindo a baixar significativamente desde 2008, quando eclodiu a crise internacional e a bolha imobiliária espanhola rebentou. Esta diminuição do número de emigrantes portugueses para destinos como a Espanha e o Reino Unido era inteiramente esperada (aliás, como eu já tinha referido aqui), devido ao grande aumento de desemprego registado nestes países desde o ano de 2008. O que é que acontece aos portugueses que optam por sair de Espanha? Não sabemos bem, pois não temos estatísticas fiáveis que nos ajudem a perceber exactamente para onde é que vão estes trabalhadores. Ainda assim, o mais certo é que alguns regressem a Portugal se conseguirem arranjar emprego, mas muitos outros optem por continuar a trabalhar no estrangeiro. Ou seja, muda-se o destino da emigração, mas continua-se a trabalhar fora de Portugal. Não é à toa que, nos últimos tempos, destinos como Angola, Luxemburgo e Suíça tenham sido crescentemente procurados pelos nossos trabalhadores. A verdade é que enquanto a economia nacional permanecer em crise ou estagnada (como nos últimos 10 anos), e enquanto o desemprego nacional continuar muito elevado, o mais certo é que a nova vaga de emigração não será invertida.
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