08 abril 2011

REMESSAS A MENOS

Um dos nossos problemas actuais é bem reflectido no gráfico abaixo, retirado do meu novo livro que sairá na última semana de Abril. Nas últimas décadas as remessas dos emigrantes em percentagem do PIB diminuiram muito pronunciadamente, de cerca de 10% do PIB no início dos anos 1980 para menos de 1,3% do PIB em 2010. Menos remessas implicam menos poupanças e menor financiamento da nossa economia. Se aliarmos a este facto a acentuada descida das entradas de capitais estrangeiros registada nos últimos anos, temos a receita perfeita para que um país com défices comerciais crónicos (como é o nosso) se comece a endividar a ritmos elevados e a acumular défices externos crescentes. Será que a nova vaga emigratória irá contrariar esta tendência?

Remessas dos emigrantes portugueses em percentagem do PIB nacional, 1930-2009

Fonte: Santos Pereira (2011) "Portugal na Hora da Verdade: Como vencer a crise nacional", Gradiva

4 comentários:

Guillaume Tell disse...

"Será que a nova vaga emigratória irá contrariar esta tendência?"

Não, porque não há nenhum incentivo "estríto" (fim do plano poupança em 2004, se não me engano, é a prova de isso)nem "lato" (falta de respeito do Estado para os emigrantes, que manda fechar à toa escolas e consulados desespera muitos entre nós) para os emigrantes enviarem dinheiro.
Mais uma demonstração da incompetência e do racismo(chamo assim a falta de confiança dos nossos dirigentes para todos os portugueses) da nossa elite governativa, que faz caminhar aos poucos Portugal para o seu desaparecimento.

pedro disse...

esta nova emigração ,nomeadamente a que está na Europa , vem a portugal de 15 em 15 dias, às vezes, até semanalmente e não poupa nada.A que está fora do espaço comunitário também é muito diferente da emigração tradicional do seculo XIX e XX e já não emigra para fazer uma casinha ou assegurar a velhice . Portanto, as receitas acabarão

pvnam disse...

Tal como aconteceu na Revolução da Islândia, os cidadãos têm de mobilizar-se... e não ficar à mercê da mafiosice partidária... e... à mercê da superclasse (alta finança - capital global)!


---> A superclasse (alta finança internacional - capital global) é anti-povos que pretendem sobreviver pacatamente no planeta...

---> A superclasse (alta finança internacional - capital global) protege o pessoal gerador de caos no planeta!
[nota: a superclasse ambiciona um Neofeudalismo - uma Nova Ordem a seguir ao caos... consequentemente, a Superclasse pretende dividir/dissolver Identidades para reinar...]
---> Um exemplo: o pessoal que anda numa corrida demográfica pelo controlo de novos territórios.
{nota: os 'bilderbergos' - infiltrados nos governos, nos partidos, nos sindicatos, etc - têm feito o seu trabalho: governos fragilizados... são depois pressionados/empurrados (de várias formas) no sentido de que sejam vendidos activos dos Estados}

---> Mais, o que caracteriza o Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos (adoram evocar/inventar pretextos) com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
---> Pode-se ver quem anda por aí a efectuar uma sistemática busca de pretextos: O Nazismo Mafioso (um exemplo: a Inquisição Mestiça) repudia Hitler... mas, simultâneamente, o seu comportamento é hitleriano: andam por aí numa busca de pretextos... com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros... nomeadamente, as Identidades Étnicas Autóctones.


---»»» Concluindo e resumindo: Antes que seja tarde demais, há que 'cortar' com a superclasse e sus marionetas... ou seja: há que mobilizar aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!


P.S.
O Estado tem muitos defeitos... mas permite-nos participar (e procurar melhorar as coisas)... MAS... quem quiser ficar à mercê dos globalistas maçonicos do clube bilderberg (etc), ou seja, ser UM SERVO de senhores neofeudais…... tchau: que faça bom proveito!...

Sónia@Rome disse...

Creio que o conceito de emigração está ultrapassado.

Eu considero-me uma portuguesa a residir no estrangeiro. Visito a família em Portugal várias vezes por ano mas a minha vida, actualmente, desenvolve-se toda em Itália.

Não poupo para a minha velhice em Portugal pois não sei se será esse o país que escolherei para viver os meus últimos anos de ócio. Não tenho a mínima vontade de investir (leia-se empatar) parte do meu rendimento na aquisição de habitação em Portugal da qual praticamente não vou usufruir. Não tenho ânsias de chegar a Portugal com um automóvel topo de gama para impressionar primos e vizinhos. Quando preciso de um automóvel durante as minhas férias em Portugal, alugo-o, que é para isso que foram inventados os rent-a-car.

Há tempos fui criticada por um membro da minha família porque "não tenho nada para mostrar". Expressão que resume a mentalidade da grande maioria dos portugueses no que se refere à sua forma de estar na vida.

Em Portugal, certamente que não tenho nada de material. Nem quero ter. Não preciso. Como disse anteriormente, toda a minha vida se desenvolve em Itália e é aqui que está o meu futuro próximo. Depois logo se verá.

Portugal, para mim, é apenas um destino de férias onde, por acaso, se encontram relações pessoais de primordial importância para mim. Se essas pessoas um dia decidirem ir viver para um outro país, limito-me a mudar o meu destino dos meus bilhetes de avião.

Emigração significa poder escolher onde viver, onde trabalhar, onde investir, onde poupar, onde se sentir realizado. A nossa casa é onde estamos e não de onde vimos.