S. Temos cada vez mais doutores e engenheiros e uma produtividade cada vez mais baixa. E temos uma população mal-formada. Perante este cenário, que podemos esperar da produtividade de Portugal dentro de 10 ou 20 anos? Pior do que agora?
A produtividade não está propriamente mais baixa. Tem crescido, só que a taxas pouco mais elevadas do que as taxas de produtividade dos nossos congéneres europeus. E é isto que nos exaspera. A convergência da produtividade relativa (i.e. em relação aos outros países europeus) tem sido extremamente lenta. Ora, o aumento da produtividade nacional depende de vários factores, dos quais se destacam a melhoria da qualidade educativa e o aumento da nossa eficiência organizativa. Temos que acabar com as nossas tendências de fazer tudo em cima do joelho, temos que promover uma maior cultura de prevenção (em vez de sermos tão reactivos), temos que criar os incentivos necessários a um maior dinamismo do nosso sector empresarial. Nos próximos 10 a 20 anos, a produtividade certamente irá crescer. O que falta saber é quanto. Se crescer menos do que nos outros países europeus, Portugal será crescentemente preterido pelos investidores estrangeiros e, inclusivamente, nacionais.
A produtividade não está propriamente mais baixa. Tem crescido, só que a taxas pouco mais elevadas do que as taxas de produtividade dos nossos congéneres europeus. E é isto que nos exaspera. A convergência da produtividade relativa (i.e. em relação aos outros países europeus) tem sido extremamente lenta. Ora, o aumento da produtividade nacional depende de vários factores, dos quais se destacam a melhoria da qualidade educativa e o aumento da nossa eficiência organizativa. Temos que acabar com as nossas tendências de fazer tudo em cima do joelho, temos que promover uma maior cultura de prevenção (em vez de sermos tão reactivos), temos que criar os incentivos necessários a um maior dinamismo do nosso sector empresarial. Nos próximos 10 a 20 anos, a produtividade certamente irá crescer. O que falta saber é quanto. Se crescer menos do que nos outros países europeus, Portugal será crescentemente preterido pelos investidores estrangeiros e, inclusivamente, nacionais.
O novo estatuto do aluno não o chumba por faltar às aulas. Como avalia esta medida, tendo em conta que já considera que um dos problemas do actual sistema de ensino é a permissividade?
É péssima. É negativa e contraproducente. É uma medida completamente contrária a um aumento da qualidade educativa. Diminuem-se os incentivos ao trabalho e ao esforço dos alunos e fornecem-se incentivos à mediocridade e à permissividade. De facto, a única explicação para medida tão bizarra é que os nossos fracos índices escolares supostamente melhorariam artificialmente, pois haveriam menos alunos a reprovar. No entanto, não é assim que nos aproximamos da média da OCDE a nível educativo, e não é assim que se criam os incentivos a uma melhoria da qualidade da educação e da produtividade. Muito pelo contrário.
É péssima. É negativa e contraproducente. É uma medida completamente contrária a um aumento da qualidade educativa. Diminuem-se os incentivos ao trabalho e ao esforço dos alunos e fornecem-se incentivos à mediocridade e à permissividade. De facto, a única explicação para medida tão bizarra é que os nossos fracos índices escolares supostamente melhorariam artificialmente, pois haveriam menos alunos a reprovar. No entanto, não é assim que nos aproximamos da média da OCDE a nível educativo, e não é assim que se criam os incentivos a uma melhoria da qualidade da educação e da produtividade. Muito pelo contrário.
Por que razão diz que Portugal precisa mais de Espanha, não de menos?
Em primeiro lugar, porque a nossa relação bilateral a nível económico é ainda bastante inferior à registada entre outros países vizinhos com dimensões relativas comparáveis, tais como entre o Canadá e os Estados Unidos ou entre a Alemanha e a Holanda. Em segundo lugar, os recentes alargamentos da União Europeia mudaram o eixo de desenvolvimento da UE do Sul para o Leste europeu. Ora, a nível da atracção do investimento estrangeiro as condicionantes geográficas ainda são muito importantes. Assim, é natural que os investidores alemães ou holandeses prefiram localizar um maior número dos seus projectos de investimentos em países vizinhos. É neste contexto que os nossos próprios vizinhos se tornam ainda mais importantes. Por outro lado, existem sinergias entres as economias ibéricas que ainda não estão totalmente aproveitadas. Todos estes factores fazem com que a economia espanhola assuma uma crescente importância para a economia nacional.
Em primeiro lugar, porque a nossa relação bilateral a nível económico é ainda bastante inferior à registada entre outros países vizinhos com dimensões relativas comparáveis, tais como entre o Canadá e os Estados Unidos ou entre a Alemanha e a Holanda. Em segundo lugar, os recentes alargamentos da União Europeia mudaram o eixo de desenvolvimento da UE do Sul para o Leste europeu. Ora, a nível da atracção do investimento estrangeiro as condicionantes geográficas ainda são muito importantes. Assim, é natural que os investidores alemães ou holandeses prefiram localizar um maior número dos seus projectos de investimentos em países vizinhos. É neste contexto que os nossos próprios vizinhos se tornam ainda mais importantes. Por outro lado, existem sinergias entres as economias ibéricas que ainda não estão totalmente aproveitadas. Todos estes factores fazem com que a economia espanhola assuma uma crescente importância para a economia nacional.
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