14 março 2008

OLIVENÇA NÃO É NOSSA

Já cá faltava esta. De tempos a tempos é inevitável que os nacionalistas mais saudosistas ressuscitem a questão de Olivença. Hoje, um dos amigos de Olivença, Loureiro dos Santos, assina um artigo de opinião no PUBLICO, no qual defende que chegou a hora de "resolver a questão de Olivença. Diz-nos o general:
"Finalmente, esta lógica de cooperação/competição que caracteriza as nossas relações com a Espanha permitiu o aparecimento da oportunidade estratégica para que os dois países - amigos, aliados, que não encaram o outro como ameaça - resolvam a questão de Olivença. E para que Portugal possa tomar a iniciativa de abrir o diálogo. É pôr fim a um contencioso que pode funcionar como um foco de potencial atrito e de conflito em situações de maior tensão entre as posições dos dois países. Lembremo-nos de que a História não acabou. Há muita História no futuro. Um futuro incerto e, provavelmente, muito perigoso. É avisado acautelarmo-nos. Olivença é um problema que se pode agravar, mas poderemos fazer dele um pólo de atenuação de tensões entre os Estados peninsulares."
Olivença é um foco de potencial conflito??? Um polo de tensões??? Um problema que se pode agravar??? Ó senhor general, tenha paciência! Fique o senhor a saber que já não estamos no século 19, nem sequer no século 20. A questão de Olivença NÃO é mais uma questão para a grande maioria dos(as) portugueses(as). Para a grande maioria de nós, a questão de Olivença é ainda menos relevante do que um reavivar da monarquia (que é também irrelevante nos tempos que correm). A questão de Olivença é uma falsa questão. Olivença já não é nossa nem provavelmente nunca o será. Porquê? Porque (quase todos) os(as) portugueses(as) têm coisas mais importantes com que se preocupar. Porque (quase todos) os(as) portugueses(as) não têm nenhum sentimento especial ou qualquer nostalgia saudosista por Olivença. Porque não era agora que os habitantes de Olivença se iriam tornar portugueses.
Há coisas bem mais importantes para o futuro do país. Olivença foi passado, é passado e será sempre passado. Pensar o contrário é uma ilusão e um desperdício de recursos, os quais poderiam ser canalizados para fins bem mais produtivos. Como, por exemplo, pensar o que fazer para tirar o país da estagnação e do marasmo. Isso sim é um desígnio nacional.
PS Dito isto, devo acrescentar que admiro sinceramente a tenácia e a persistência de associações cívicas como os Amigos de Olivença. É só pena não utilizarmos esta capacidade organizativa para outros fins mais fundamentais para o futuro do país.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ignorante...provavelmente socialista.