19 novembro 2010

BAILOUT OU NÃO, EIS A QUESTÃO (2)

Como já aqui referi, o principal ponto de discórdia entre a Irlanda e os negociadores europeus do bailout dos bancos irlandeses relaciona-se com as baixas taxas de impostos concedidas às empresas da economia celta. Mais concretamente, segundo o Financial Times, os alemães e os franceses consideram as baixas taxas de imposto irlandesas como sendo "quase predatórias". Por isso, estes países (que já tinham defendido a harmonização fiscal europeia para acabar com o regime de excepção irlandês) estão a fazer tudo o que podem para que os irlandeses aceitem aumentar a carga fiscal das empresas sediadas na Irlanda. Como disse um negociador francês “They need lots of money and we note they have a corporation tax rate that is very low. Supply must follow demand.” Uma espécie de lei de Say (que diz que a oferta cria a sua própria procura) aplicada à finança dos Estados.  Enfim, uma vergonha. Querem acabar com o sucesso da economia irlandesa à força. 
A que ponto chegou a Europa.

Sem comentários: