15 novembro 2010

A SENHORA QUE SE SEGUE (7)

Agora que se debate se (e quando) a Irlanda irá recorrer ao fundo de estabilização europeu, vale a pena tentar perceber o que é fez esta economia passar do maior milagre económico europeu das últimas 3 décadas para um país a debater-se com uma gravíssima crise bancária, cujo fim ainda não se vislumbra. A edição de hoje do Wall Street Journal tem um artigo que apresenta alguns dos factores que contribuiram para esta situação. Já agora, vale também a pena realçar uma das frases mais interessantes do artigo, que revela bem a percepção que os outros têm de nós:

"Just three years ago, Ireland was a shining example of fiscal rectitude. As you can see, its budget deficit (at zero) was well under the Stability & Growth Pact limits. Its debt was also a mere 25% of GDP. Ireland wasn’t Greece, with its history of excessive deficits and screwy stats. It wasn’t Portugal, whose decline into the fiscal morass has been slow and steady and visible from a thousand miles away."

A nossa crise fiscal até poderia ser visível a milhas de distância. Mas se era, é só pena não termos feito nada para a evitar ou para inverter esta situação.

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