Apesar de todo o alarido que rodeou as negociações do Orçamento de Estado, se nos abstrairmos do jogo político, penso sinceramente que estamos a viver os últimos dias do despesismo do nosso Estado. Porquê? Porque depois de termos um Orçamento em que os funcionários públicos viram os seus salários ser cortados e em que a carga fiscal foi agravada de uma forma brutal, parece-me óbvio que os portugueses não mais irão tolerar que se insista no desregrado crescimento do Estado enquanto os sacrifícios só são feitos pelas famílias e pelas empresas. Por isso, estou confiante que o próximo Orçamento de Estado, já com outro governo, irá ser o primeiro passo em direcção a uma economia bem menos dependente e bem menos asfixiada pelo nosso Estado demasiado centralizador e excessivamente controlador. É neste sentido que acho que estamos a testemunhar o último grito do despesismo.
1 comentário:
É melhor esperar sentado.
Depois de Santana Lopes pensava-se que as trapalhadas tinham acabado.
Acabaram aquelas e surgiu o 'quem se mete com o PS leva' e todo o partido socialista aceitou da base ao topo do papa fundador.
Você tem esperança que o PSD com Cavaco Silva e outro Coelho, que não estruturou há vinte anos a aplicação dos fundos estruturais em direcção ao bem-estar social e ao desenvolvimento europeu do país, façam isso.
Eu estou esperançado em conhecer o que desconheço hoje: como foi feito, quem beneficiou e quanto com toda esta exploração do país em direcção ao abismo.
Conhecer antes de chegarmos ao abismo.
Vamos a ver: já a Argentina tinha entrado na bancarrota e se via que o Leste nos ia passar à frente que se observava que este desfecho para Portugal era possível.
Quanto à sua esperança é melhor esperar sentado.
Gosto mais quanto você é positivo e não filosófico.
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