08 maio 2008

AJUDA A MYANMAR

É possível que mais de 100 mil pessoas tenham perecido no ciclone que afectou a Birmânia (Myanmar). Nestas situações de grande emergência a comunidade internacional costuma reagir bastante rápida e generosamente para a judar as vítimas das tragédias naturais. Certamente que desta vez não será excepção. O problema que a comunidade internacional e as diversas organizações enfrentam neste tipo de situações é saber se a ajuda externa (i.e. os dólares e os euros de pessoas bem intencionadas) chega a quem realmente necessita. Serão os pobres que recebem a ajuda dos países ricos? Serão os esfomeados que recebem a comida que enviamos? Serão os deslocados e os desabrigados que recebem a nossa generosidade? A resposta a estas perguntas é: depende. Às vezes sim, mas muitas outras não. Vários estudos mostram que a eficácia da ajuda externa depende muito de quem gere o dinheiro da ajuda externa (se os governos dos países recebedores ou as ONGs), do nível de corrupção existente no país afectado, bem como do tipo de regime político em vigor no país que recebe a ajuda.
Infelizmente, no caso de Myanmar há muitas dúvidas sobre a eficácia da ajuda externa e bastantes receios que os lacaios da junta militar se apropriem dos fundos da comunidade internacional para seu proveito próprio. Isso mesmo noticia o Guardian na sua edição de hoje.

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