26 maio 2008

O ESCÂNDALO DA MOTA ENGIL

Jorge Coelho, ex-ministro das Obras Públicas e um dos ex-dirigentes mais influentes do Partido Socialista, toma hoje as rédeas do poder da Motal Engil, a maior construtora nacional. Fiel ao seu estilo, Jorge Coelho promete sonhos grandes e lucros ainda maiores para a Mota Engil. Segundo o DN, "no plano estratégico que elaborou através da sua consultora, a Conjectmark, e que apresentará no final da semana, irá preparar a construtora para o período de 2008/2013 que coincide com o concurso e a execução do maior pacote de obras públicas de sempre, no valor de 40 mil milhões de euros." E que obras inclui esse pacote? A construção do novo aeroporto, a terceira travessia do Tejo (cuja decisão, Coelho este envolvido enquanto ministro) e, claro, o faraónico TGV. Um belo pacote, sim senhor.
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Sinceramente, não sou contra os políticos irem trabalhar para o sector privado após abandonarem o serviço público. Afinal, também eles(as) têm direito a ganhar a vida. Mas, para que tal aconteça, tem de existir o mínimo de ética e de bom senso. Não é o caso. No mínimo, a ida de Jorge Coelho levanta dúvida e suspeitas. E se é assim, o governo só tem uma decisão a tomar: mostrar claramente que, em todos os concursos públicos, as ligações de Jorge Coelho aos seus ex-companheiros partidários e de governo não levaram ao favorecimento da Mota Engil. Uma tarefa que se prevê um pouco complicada, no mínimo.

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