O primeiro passo pós-qualificação para o Euro 2008 já foi dado com o anúncio da convocatória dos 23 jogadores que irão representar a nossa selecção. Nos próximos dias iremos ouvir até à exaustão autênticas dissertações dos porquês que este jogador foi convocado e porque é que aquele outro não foi. Iremos conhecer as alimentações dos craques, bem como as suas rotinas nos treinos. Depois, no dia 7 de Junho começará a festa e a febre futebolística subirá para níveis estratosféricos. Haverão aqueles que denunciarão o provincianismo de quem gosta de futebol. Haverão aqueles que se insurgirão contra a nossa paixão futebolística. Haverão ainda aqueles que caracterizarão o nosso fervor desportivo como um sintoma do nosso subdesenvolvimento. Deixem-nos refilar e protestar. Se não gostam, que vejam outra coisa. Que falem doutras coisas. Ninguém os(as) obriga a verem Portugal, a sofrerem com Portugal, a vibrarem com Portugal.
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Se para os residentes em Portugal, este tipo de eventos é marcante, para os emigrantes espalhados por todo o mundo, o sucesso nos Euros e nos Campeonatos do Mundo é um motivo de orgulho ímpar. Um orgulho único e intenso. Um orgulho que se estende às gerações mais jovens que têm de Portugal uma imagem demasiado distante e nem sempre favorável.
É óbvio que o futebol não é tudo e que há vida para além do futebol. Mesmo assim, se o futebol nos der algumas alegrias, ainda melhor.
(Pessoalmente, neste Euro 2008, espero ver o trânsito de Vancouver parado bastas vezes pelas bandeiras desfraldadas pelos milhares de portugueses que aqui residem. É que quando o trânsito pára é sinal de vitória.)
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