28 maio 2008

QUE FAZER? _ Voz aos leitores (2)

Numa série de comentários, o António faz o seu diagnóstico da economia portuguesa e sugere as seguintes medidas para a crise:
"Infelizmente na nossa economia tem-se assistido a injecções maciças da pressão fiscal, repressão e regulamentação (o estado português não resiste a tudo regulamentar) que destroem e desmotivam muitas das células saudáveis do nosso tecido social e económico. No caso do nosso país foi diagnosticado um cancro na função publica. Era necessário, dizia-se, extrair 100.000 funcionários publicos. Ao fim de três anos de cirugia acho que não chegam a 300. Acontece que os portugueses encontram-se empobrecidos e sobretudo descrédulos. Deprimidos e descrédulos. E os estimulos de que o Álvero tanto é adepto não podem ser apenas estímulos com caracteristicas económicas...
Que estamos a fazer de errado? Total irresponsabilidade na despesa pública. Total incapacidade de fazer reformas que atinjam interesses corporativos. Redução do deficit quase só pela pressão fiscal debilitando ainda mais uma economia já por si só frágil com completa insensibilidade pelo tecido social e económico e salvaguardando apenas os interesses dos grandes grupos e respectivos lobies...
É absolutamente mentira a teoria de que se todos pagarmos os impostos que devemos pagar, todos nós pagaremos menos impostos. Apercebi-me ao longo destes anos que os impostos são como a cocaína. Quanto mais se tem mais se gasta.
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Irresponsabilidade na despesa publica. Procure cortar-se onde se deve, não onde dá jeito.
Nada de choques fiscais. Nem para cima nem para baixo. Tomem-se medidas a pensar no médio e longo prazo. A economia tem de se tornar competitiva e tem de haver um objectivo muito claro de lhe dar competitividade fiscal. Para que por exemplo não continue a haver uma brutal quebra do investimento directo estrangeiro.
Congelamento de salários. Mas honestamente julgo ser muito pouco provável que alguem se atreva a congelar salários por meia duzia de anos pelo menos...
Tem sido impossivel realizar reformas em Portugal por causa da resistência das corporações."
Obrigado pela sua opinião António. Está mais uma vez lançado o debate

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