Nos últimos anos, a população da Hungria tem vindo a diminuir consideravelmente. Assim, segundo uma estimativa recente, os hungaros já são menos de 10 milhões. A diminuição da população húngara tem sido tão rápida que os húngaros já começaram a debater o que fazer para contrariar esta tendência.
Entre nós, esta questão é tratada como muitas outras: com uma indiferença quase total por parte dos nosso governantes e da opinião pública. Porém, seria bom se nós seguíssemos o exemplo húngaro e começássemos a debruçarmo-nos sobre esta importante questão. Numa altura em que a nossa natalidade é já uma das mais baixas do mundo e sabendo que enfrentamos actualmente uma vaga emigratória significativa, não será chegada a hora de começarmos a debater as consequências de termos um país com uma população mais reduzida? Quais serão as implicações para a sustentatibilidade das finanças públicas? Para a sustentabilidade do sistema de Saúde? Para o sistema de pensões? Para o crescimento económico? Para o sistema educativo? Para as universidades?
Posso estar muito enganado, mas penso que o nosso primeiro susto em relação às consequências desta evolução demográfica e emigratória acontecerá no próximo ano. Quando? Quando se fizerem as contas do Censo da população e chegarmos à conclusão que a população cresceu bem menos do que o que esperávamos, mesmo depois de contabilizarmos um crescimento sem precedentes da imigração. Tal constatação será um choque para muita gente. Ao menos, esperemos que esse choque sirva para começarmos a fazer alguma coisa para inverter este estado de coisas.
Mas esperemos que não. Esperemos que esse choque nunca aconteça. Sinceramente, esta é uma das questões em que espero estar errado. Logo veremos.
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