Agora que estamos prestes a pedir ajuda financeira ao FMI e aos nossos parceiros europeus, uma das perguntas que nos inquieta é: quem são os culpados por toda esta situação? A crise financeira internacional? A crise da dívida europeia? A fraca competitividade da economia nacional? Os nossos governos? Ou será que nós também somos culpados?
Se formos isentos, facilmente concluiremos que todos estes factores contribuíram para chegarmos à situação actual. Por um lado, a crise financeira internacional expôs as debilidades e as fragilidades da nossa economia (principalmente o nosso elevado endividamento). Foi igualmente a crise financeira internacional que fez com que muitos governos europeus se endividassem excessivamente ao introduzirem planos de resgate dos seus bancos, bem como toda uma série de estímulos às economias.
Por outro lado, a situação actual tem igualmente uma importante componente nacional. Porquê? Porque, primeiro, a economia nacional atravessa uma grave crise estrutural há já uma década, e os nossos governos têm sido totalmente incapazes em lidar com este problema. Segundo, porque os nossos governos têm sido de uma incompetência atroz e de uma irresponsabilidade indesculpável ao terem deixado que as nossas finanças públicas chegassem ao estado que chegaram. E todos nós (famílias, empresas e Estado) somos culpados, porque deixámo-nos endividar bem acima do que era aconselhável.
Por outro lado, a situação actual tem igualmente uma importante componente nacional. Porquê? Porque, primeiro, a economia nacional atravessa uma grave crise estrutural há já uma década, e os nossos governos têm sido totalmente incapazes em lidar com este problema. Segundo, porque os nossos governos têm sido de uma incompetência atroz e de uma irresponsabilidade indesculpável ao terem deixado que as nossas finanças públicas chegassem ao estado que chegaram. E todos nós (famílias, empresas e Estado) somos culpados, porque deixámo-nos endividar bem acima do que era aconselhável.
Ou seja, a culpa da situação actual é de todos. Por isso, temos todos de trabalhar em conjunto para conseguirmos novamente tornar Portugal num país com futuro.
Nota: Meu artigo no Notícias Sábado, Janeiro 2011
1 comentário:
É evidente que os grandes culpados pela crise financeira, primeiro que tudo, são os políticos que desgovernaram o País desde o golpe militar de 25 de Abril de 1974, sobretudo Aníbal Cavaco Silva, António Guterres e mais recentemente José Sócrates. Foram décadas de despesismo e de mal aproveitamento dos dinheiros públicos e da ajuda da então CEE e actualmente da União Europeia. A crise económica, que ajudou a precipitar a crise financeira e que dificultará muito a recuperação também é culpa dos governantes mas também das más políticas comunitárias nomeadamente em relação à agricultura. É evidente que temos de acrescentar o erro monumental - já assumido - da abertura das alfândegas ao mercado sínico e asiático. Mas, primeiro que tudo, a culpa é dos políticos que levaram e permitiram isto, inclusivamente o endividamento ao nível das famílias (crédito para consumo), uma vez que também se provou que o liberalismo económico é só para quem sabe viver com responsabilidade...
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