Um bom artigo da Economist sobre a crise política nacional. Como a revista nota, e bem, um dos principais problemas da crise actual tem a ver com as eventuais (mas mais que certas) negociações com os nossos parceiros europeus e com o FMI sobre as contrapartidas necessárias para que seja activado um plano de resgate. A grande questão é assim: quem é que nos irá representar nessas importantes negociações? O governo? Ou mais alguém? Seria bom que os principais partidos estivessem representados e não só o governo actual, pois o governo não tem nem a necessária credibilidade nem (e principalmente) a confiança política das outras forças partidárias, algumas das quais certamente formarão governo daqui alguns meses e terão que arcar com as consequências do acordo negociado. Os próximos dias devem esclarecer esta questão.
A Economist resume bem este dilema. Segundo a revista, a crise: "also created a political vacuum in which nobody may have enough authority to negotiate a bail-out. Few doubt that Portugal is close to the moment when it has no alternative but to seek assistance from the European Financial Stability Facility (EFSF), the euro-zone’s bail-out fund. But economists say that the crisis increases the chances that Portugal will need EU funds soon."
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