28 março 2011

SUBIR O IVA OU REDUZIR INSTITUTOS? (4)

Já que o Diário de Notícias de hoje resgata a minha proposta e os meus cálculos de redução de despesa dos institutos públicos e restantes entidades e organismos do Estado, aqui está uma das passagens do meu novo livro que já aqui foi referenciada:

"Segundo a contabilidade mais recente da Administração Pública nacional, existem em Portugal nada mais nada menos do que 349 Institutos Públicos[i], 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro (bem grande, diga-se), 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes de Presidência Regionais, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias, e 1226 estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário. A estas devemos juntar as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais. Ou seja, se o nosso Estado não é eficiente, não é certamente por falta de entidades e organismos ao seu dispor. Bem pelo contrário."


[i] Se não contarmos as 238 Universidades, Institutos Politécnicos, Escolas superiores e Serviços de Acção Social, o número de Institutos Públicos é ainda de 111, um número extraordinário para um país das nossas dimensões."

3 comentários:

Pedro Oliveira disse...

Vão ser precisas ambas. Não chega subir o IVA nem reduzir institutos públicos isoladamente. Comecem por cortar o dinheiro para as campanhas eleitorais e no vencimento dos deputados. Depois criem uma taxa de IVA elevada para certos produtos, incluindo automóveis, mas salvaguardando os produtos de primeira necessidade para que os mais pobres não sejam afectados. Isto é assim tão difícil? Depois passem a taxar os custos de Saúde, uma vez que não há dinheiro para ter Saúde "à borla" para todos. Isto, claro, sempre salvaguardando quem realmente precisa e não tem meios para poder pagar.

Em Portugal tudo tem de se pagar. Não temos exploração de petróleo como no Bahrain, e estamos em tempos de contingência. Os políticos do pós-25 de Abril mentiram ao País dizendo que Portugal poderia ficar um país rico e desenvolvido como a Europa desenvolvida, da noite para o dia.

Portugal é um país pobre e só agora é que estamos a perceber isso...

Adriano Volframista disse...

Álvaro Santos Pereira
Traduzido por "miúdos", para tótós, claculo que entre, 170/180.000 cidadãos nacionais vivam directamente dos contactos políticos e são pagos via OGE.
Vão desde os DGerais, passando pelo pessoal político, terminandos nos acessores técnicos externos que pululam o universo político.
São estes os originadores do aumento dos gastos intermédios.
Vão ter de "passar" para metade. O problema é que esse "hair cut" tem que ser feito pelos própios; uma tarefa difícil mas, não impossível.
Cumprimentos
Adriano

Carlos Sério disse...

Então e os outros órgãos do Estado?
As Agências, Autoridades, Comissões, Fundações, Inspecções, Centros, Fundos, Auditorias, Conselhos, etc,?
Órgãos parasitários, criados em paralelo aos serviços existentes?