26 maio 2011

O VERDADEIRO LEGADO DESTE GOVERNO

Quando for votar no dia 5 de Junho, por favor não se esqueça do verdadeiro legado deste governo. Já aqui mencionei e interpretei estes dados. No entanto, e como a força de um gráfico vale mais do que mil palavras, vale a pena relembrar o que herdamos após 6 anos desta governação. As linhas a vermelho são os anos que correspondem aos anos em que este(s) governo(s) esteve em exercício:

1) PIB potencial da economia nacional a crescer 0% ao ano
Fonte: AMECO

2) Dívida pública recorde: no final de 2004, a dívida pública portuguesa rondava os 56% do PIB. No final de 2011, a nossa dívida pública vai ser cerca de 100% do PIB nacional.
Esta é a maior dívida pública desde os meados do século XIX e não inclui sequer 40 mil milhões de euros de dívidas das empresas pública e mais de 50 mil milhões de euros em parcerias público-privadas:
Fonte: Mata e Valério (1994), AMECO

4) A taxa de desemprego era 6,6% no final de 2004.  Hoje a taxa de desemprego já ultrapassou os 12,4%. Esta é a maior taxa de desemprego desde, pelo menos, os anos 30 do século passado
 Fonte:Mateus (1998), INE

6) A dívida externa total (bruta) da economia nacional era 167,9% do PIB no início de 2005. Hoje a nossa dívida externa bruta é cerca de 230% do PIB. Esta é a maior dívida externa desde 1892, quando entrámos em bancarrota.

Fonte: Banco de Portugal

7) A dívida externa líquida nacional era 64% do PIB no final de 2004. Hoje, a nossa dívida externa líquida é de 110% do PIB
Fonte: Banco de Portugal

7) O défice externo, medido pela balança corrente, tem ficado sistematicamente acima dos 8% do PIB. Todos os anos o país endivida-se ainda mais para financiar este défice externo.
Fonte: Banco de Portugal
 
8) Em 2007 e em 2008, mais de 100 mil portugueses emigraram do país à procura de oportunidades de emprego:
 
Fonte: Países de destino da emigração, Santos Pereira (2011)
 
9) O PIB português está na mesma posição relativa em relação à Europa Avançada que estava em 1990. Ou seja, perdemos 20 anos de esforço de convergência real com a Europa. A divergência da economia com a Europa é uma das marcas deste governo.
Fonte: The Conference Board

Como já aqui mencionei, estes são os factos do triste legado deste governo. Estes são, de longe, os piores indicadores económicos desde 1892, quando tivemos de declarar bancarrota. Os piores.
É importante ainda referir que a grande maioria destes indicadores já tinham atingido valores recordes antes da crise internacional que eclodiu em 2008. Por isso, o triste legado deste governo não se deve ao azar de termos apanhado uma crise internacional. Foi mesmo incompetência. Foi mesmo incúria. Foi mesmo irresponsabilidade. Foi mesmo irrealismo. Este é um legado de tal modo terrível que vai marcar inexoravelmente as nossas vidas e as vidas dos nossos filhos. É caso para dizer: ainda está para nascer um primeiro-ministro que tanto mal tenha feito a Portugal. 
Por isso, não se esqueça destes factos no dia 5 de Junho.

32 comentários:

Carlos Pereira disse...

Em 2005 foram prometidos 150.000 novos postos de trabalho. O que se viu foi a taxa de desemprego a aumentar. Excelentes vendedores de ilusões!

Carlos Pereira

Anónimo disse...

ponto 8: mais de 100 portugueses emigraram do país à procura de oportunidades de emprego

Mais de 100 ... mil!

Anónimo disse...

Tem de haver outra forma de fazer chegar a verdade e os factos ao Portugueses, dos quais uns inacreditáveis mais de 30% ponderam dar o seu voto ao governo que protagonizou os dados catastróficos que aqui são apresentados. Não há uma estratégia qualquer mais eficaz de contrariar a propaganda de que o PS é um defensor do Estado Social? Os milhares de portugueses que receiam a pobreza, agarram-se a quem lhes promete ilusões de segurança e de proteção.
Passos Coelho não poderia dar entrevistas em que refutasse de uma vez por todas a lenda da crise internacional de 2008? Contra lendas e ilusões é difícil argumentar, é o que é.

JC disse...

Mas parece-me que conseguiria passar a mesma ideia sem usar "estatística manhosa", como fez com as escalas dos gráficos de barras.
Embora concorde com a essência do seu post, não posso deixar de fazer este reparo. É que os seus leitores não serão todos matematicamente iletrados, como parece julgar.

psiubest disse...

Desculpe-me a minha ignorância, mas o que é "PIB Potencial"?

cumps

iv disse...

Estes valores são de facto tristes. O mais triste ainda, porém, é verificar que estão simplesmente na continuação dos gráficos anteriores, não mostram uma alteração muito grande das tendências que já vinham de traz (existiu uma aceleração, é certo, em certas medidas).

O que eu gostaria de acreditar é que votando em outros partidos (quaisquer outros, não sou esquisito) as linhas iriam melhorar...

Anónimo disse...

estes gráficos davam umas excelentes t-shirts ....

Obrigado pelo excelente trabalho.

Anónimo disse...

Na altura do Prof. Cavaco, quantos milhões entravem por dia vindos de bruxelas? quando custava o barril de brent?
Qual a taxa de literacia?
Não era nessa altura que o bispo de Setúbel era apelidado de bispo vermelho, por denunciar a fome na margem sul do tejo?
Não havia compadrio? o célebre cartão laranja?
Ó homem tenha ergonha e cale-se!

Alex disse...

Eu penso que o professor vive no Canadá. É assim compreensível que não se tenha dado conta que na Europa, desde 2008, se vive uma enorme crise económica e financeira.
O que apresenta não são factos; são propaganda. Se apresentasse os dados comparados da Grécia, Reino Unido, Irlanda ou Espanha, aí sim, já poderíamos falar a sério. Assim...
Mas não há problema. Peça ao técnico que faz os gráficos para o Paulo Portas que ele arranja-lhe já umas coisitas aldrabadas lá à moda do PP.
Um último reparo. As curvas descendentes da maior parte dos gráficos só se podem equiparar, desde 2008, aos anos entre 1990 e 1993. Eu não me lembro quem era o PM... é capaz de me dizer?

AG disse...

A conclusão a que chegamos é que as contas do endividamento do Estado vão piorar consideravelmente à medida que as empresas públicas forem reestruturadas e separarem as operações viáveis (para privatizarem) do passivo, o mesmo vale para as empresas municipais. Quantas revisões serão necessárias ao plano da Troika para contemplar estas variaveis novas que iremos "descobrindo" nos próximos tempos? Até aonde é que se insiste num programa de recuperação económica para um país que dentro de um ano poderá concluir que tem 150% ou mais do seu PIB endividado?

Lemos noticias deste género e ficamos a saber que os próximos meses irão reservar muita surpresa :

http://economico.sapo.pt/noticias/empresas-publicas-nao-cumprem-limite-de-endividamento_119005.html

Sérgio Serra disse...

Caro Prof. Alvaro Santos Pereira

Estes são os factos que deveriam estar a se discutidos publicamente e sem reservas. Só lamento que os media não dêem o verdadeiro realce a estas evidências. Mais preocupados com episódios sensacionalistas do que com a demontração dos factos os media, em geral, continuam de forma ignóbil e propositadamente a esconder da opinião pública a verdade dos factos. Só o posso lamentar profundamente! Não prestam um verdadeiro serviço à Sociedade e na verdade, nem a eles próprios. Como se pode justificar que um blog seja mais esclarecedor do que um jornal diário? Pobre democracia esta!

Anónimo disse...

Caro Alvaro,
Portugal não está como está só por causa de Sócrates. Infelizmente muitos outros INCOMPETENTES e IRRESPONSÁVEIS têm responsabilidades pela não evolução do país e por não terem feito qualquer reforma estrutural que Portugal precisa!
Falo de 2 que mal viram que não conseguiam, fugiram: Barroso e Guterres.
Mas pelo menos esses sempre conseguiram equilibrar as coisas. Pelo menos o país ia crescendo um bocadito, mesmo que não recuperando em relação à Europa.
Mas este imbecil que nos governou nos últimos 6 anos (desculpe usar a palavra imbecil, mas não encontro nenhuma menos agressiva para o definir) foi muito pior.
Este mentiroso compulsivo demonstrou ser de uma INCOMPETÊNCIA ATROZ, que só é comparável à sua (DELE!!!) capacidade de MENTIR CONSTANTEMENTE.
Eu lembro-me de este BANDALHO dizer em 2008 ou 2009, que Portugal não seria afectado pela crise. Agora vem dizer que o problema foi a crise.
Puta que o pariu (desculpe mais uma vez as palavras usadas, mas não consigo dizer nada mais suave quando penso no "engenheiro") mais as tangas dele. Chega de tentar encobrir o que qq pessoa com a 4ª classe pode entender.
O país está enterrado e não tem forma de recuperar sem uma mudança radícal de todo o seu modo de funcionamento.
Se Passos Coelho é a pessoa indicada para o fazer, não sei. Mas que um MENTIROSO e INCOMPETENTE como o "engenheiro" nunca será capaz de o fazer, aí isso eu tenho a certeza ABSOLUTA!

Portela Menos 1 disse...

Todos os gráficos do Desmitos são boas razões para correr com Sócrates. Mas, e o futuro?
Os três partidos da troika assinaram um resgate duas semanas antes de conhecerem o taxa de juro. São 30 mil milhões de euros! Quem é a alminha que garante que Portugal vai conseguir pagar esta dívida+juros sem crescimento do PIB, de pelo menos 3 a 4% ano? Nem a UE nem o FMI!
Portanto, é preciso RENEGOCIAR A DÍVIDA (1) aprendendo com o que se está a passar na Grécia (2) levando à prática uma AUDITORIA para se saber para onde foi o dinheiro e (3) exigir responsabilidades à BANCA, que preferiu distribuir dividendos em vez de reforçar capitais próprios.
.
Por isso, não se esqueçam, no dia 5 de Junho, de castigar quem deve ser castigado: a Troika PS+ PSD + CDS

Francisco Domingues disse...

E em quem votar? É que não há nenhum que me pareça competente para PM. Venham os independentes, gestores credíveis governar o País, caramba! Nem que seja um estrangeiro, já que, cá, os que há não querem submeter-se a uma Comunicação Social sempre ávida de escândalos ou de guerrinhas! Mas o pesidente tem de actuar e não limitar-se a carpir e a aconselhar... Um governo deste tipo está nas mãos dele.

Anónimo disse...

O que os portugueses não sabem ou não querem saber é que se a 1ª ministra tivesse sido a Drª Ferreira Leite nestes ultimos anos onde estariam as curvas e quantos PEC's teria havido e se teria havido cortes nos rendimentos acima de 1500€ ou seria uma «Democracia» e os mais pobres teriam de contribuir tambem para o equilibrio das Finanças Publicas

Anónimo disse...

A verdade é que, todos nós nos queixamos dos políticos que temos, mas na ida às urnas escolhemos um partido como se de um clube de futebol se tratasse "É aquele que eu gosto mais". Se os políticos são corruptos, incompetentes e afins, apenas o são porque nós, POVO, o permitimos ao votar neles.

Anónimo disse...

Não concordo com pessoas que ao invés de pedagogicamente informar, transformam informação de acordo com o seu ponto de vista... começa logo com "o que herdamos após 6 anos desta governação" e apresenta gráficos com datas desde 1976... isso não é correcto. Divida Externa, PIB, Balança Corrente, é de toda a economia (vontade de todos) e não de aplicação directa de politicas e como exemplo basta ver os milhões de apoios em sectores como o Turismo que os privados não querem e não apresentam projectos, que também os há na Agricultura e afins... Não podemos apontar só dedo ao Estado e devemos começar pela auto-análise e questionar o que posso eu fazer para melhor o mundo que me rodeia. Eu não quero um Estado que controle tudo o que eu faço e me diga o que tenho que fazer. Querer tomar as rédeas destes dados só através de proteccionismo extremo. Aliás, o que muitos não falam é dos estudos da ONU em que se acabassem com os subsídios à agricultura na EU e EUA, acabava a fome, pois África e América do Sul seriam "as quintas" da humanidade e com preços acessíveis a todos... os outros teriam apenas que contribuir de outra forma... enfim, visões...

Anónimo disse...

Que engraçado. Não vejo referências à adesão ao Euro em 1999 nem à recente crise económica. E a comparação que deve ser feita com os outros países da Europa? Onde é que está?

Uma coisa é ser contra o Sócrates. Eu também sou! Outra coisa é fazer uma análise económica totalmente desfasada da realidade... Não faça dos portugueses burros... fica-lhe mal.

Estou a ver que tirou o seu curso na mesma faculdade que o nosso PM,

Miguel Pina Gil disse...

Estes dados revelam o ESTADO DA NAÇÃO....
Vemos que a situação que já era má no passado, se agravou nos ultimos anos, por culpa tão só do actual governo... se o estado já era mau, quando Socrates cá chegou, como alguem quer passar a ideia, o que fez o mesmo, para evitar o descalabro a que chegámos???
O compadrio, os jobs for the boys, as negociatas das PPP,etc, afundaram ainda mais o país. È isto que deveremos ter em conta, quando votarmos no dia 5 de Junho. Sócrates e o seu "desgoverno", não só, não susteve a tendencia despesista dos anteriores governos, como ainda a aumentou substancialmente. Por isso deve ser "castigado e punido" eleitoralmente e, quiçá, juridicamente!!!
Obrigado Alvaro por estes teus esclarecimentos, acerca da Nossa Triste realidade....!!!

Anónimo disse...

Sem contraditar os valores, poderia reforçar a sua credibilidade se fossem revistas algumas das fontes invocadas. Efectivamente, parece complicado aceitar que nalguns locais sejam indicadas datas de 2010 ou 2011, sendo os gráficos muito mais antigos (e.g. 1994 e 1998). Nos demais gráficos, a data da fonte não aparece. Com a devida vénia, qualquer dúvida sobre referênciação poderá esclarecida, por exemplo, pela norma APA ou NP 405, sob pena de macular o excelente trabalho. O rigor académico é, bastas vezes, a diferença que separa as boas intenções da mistificação, mesmo que inadvertida.

Ricardo Andrade disse...

Tenho de deixar um crítica a este conjunto de factos avulsos que, embora informativos, são desprovidos de uma análise crítica imparcial do autor, servindo meramente o propósito do autor de justificar a impressão termendista que tem do Governo:

1) Uma crítica a este governo não pode ser feita meramente com base no valor absoluto da dívida pública: (2) é preciso contextualizá-lo e explicar que, anteriormente à crise das dívidas soberanas europeias, as orientações macro económicas na Europa eram para gastar, orientação que deu uma volta de 180º por causa da crise de dívida soberana grega; (2) um país é um constructo longitudinal no tempo e a dívida pública é um instrumento financeiro que pode estar ao serviço da melhoria da Economia e das condições de vida, através dos investimentos em infra-estruturas que a prazo serão recuperados. Este tipo de análise reduccionista ao número da dívida pública em nada contribui para o esclarecimento do ponto de vista de quem lê, independentemente da preferência ideológica. Afinal, olhando-se para o período do Estado Novo, observa-se que a dívida pública é das mais baixas da história. E não foi por isso que esse foi um dos períodos mais negros da nossa história; a ausência de investimento público nesss anos ainda hoje mina a competitividade da Economia portuguesa, especialmente na faixa da pirâmide demográfica dos 35 anos para cima.

Ana Guedes disse...

Ao ler alguns destes comentários parece-me que podemos concluir: tudo isto não passa de má língua; não há crise nenhuma em Portugal; o que porventura correu menos bem ou foi culpa da crise internacional, ou das agências de rating, ou da oposição, ou das mudanças de métodos estatísticos, etc, etc; TODOS os outros países estão na mesma situação que nós, TODOS em recessão, e TODOS com o desemprego a crescer; as contas do Estado são saudáveis e recomendam-se, estava tudo sob controlo, não precisávamos do FMI e UE para nada, pois o dinheiro chegava ainda para 2 meses o que é uma folga extraordinária; só estávamos a pagar 9% de juros, que uns patetas que ganharam o Nobel da Economia chamavam de juros ruinosos, coitados...; ah, e é verdade: "ninguém tem culpa porque todos têm culpa", incluindo quem governou o país num dos períodos de maior crescimento (anos 90), bla bla bla bla, blabla bla. Que diabos, eu votei em José Sócrates há 6 anos, mas isso não me impede minimamente de ver o que está à vista. Mas tudo bem, querem ver como é um estado a falir, sem pagar a funcionários públicos, a pensionistas e a fornecedores, querem ver o país a sair do Euro, a abrir os telejornais no resto do mundo pelas piores razões, então sentem-se na 1ª fila pois o espectáculo vai começar se não sairmos de 5 de Junho com um governo forte, composto por outros partidos que não o deste governo.

Anónimo disse...

O problema deste país começou após o 25 de abril quando os comunistas disseram "vamos acabar com os ricos", em vez de dizerem vamos ser todos ricos. O bom portugues sempre que pode, pede para pagar sem factura para não pagar o IVA, roubando desta forma o país. Nas empresas, conseguimos claramente perceber quem são os efectivos e os que estão a contracto, pois uns trabalham, outros vão trabalhando. O patrão é sempre o inimigo, e se a empresa entra em crise, o que os empregados fazem é saltarem do barco que os sustentou durante anos, em vez de se unirem para superar o momento. Os funcionários publicos, regra geral são uma vergonha. Demoram muito tempo a executar as suas tarefas, no atendimento são regra geral antipáticos e pouco solidários. Os sindicatos convocam greves em empresas que dão milhões de euros de prejuizo, como foi no caso da CP, em que os maquinistas que tem ordenados bem acima da média ficaram em casa aumentando o prejuizo das suas empresas. Relativamente aos partidos, no caso do PCP, concretamente o Jeronimo de Sousa, esta por responder a pergunta do Paulo Portas, aquela que pergunta por um unico país no mundo comunista que seja prospero e feliz (pois, não há). O CDS, na pessoa do Paulo Portas, investiu milhares de milhões de euros em submarinos que pouca falta nos fazem, comparando com outras necessidades, e vem agora falar do TGV. O PSD é uma anedota, pois quando foi eleito para ser governo, o seu lider cobardemente voltou as costas ao país, numa atitude anti patriotica, ao fim de 2 anos de governo. Este governo foi eleito para 4 anos e devia ter governado até ao fim. O compromisso é por 4 anos e não por 2 anos, mas efectivamente, a ganacia pelo poderlevou-nos a isto. Quanto aos graficos que foram aqui apresentados, uma verdadeira anedota. De facto, depois de os observar, só me apetece chamar o Salazar, pois os melhores anos de portugal foram no seu tempo.
Se querem ver a crise resolvida, comecem a ser melhores no dia a dia. Não sejam preguiçosos no trabalho, peçam as facturas, escolham produtos nacionais, valorizem-se e acreditem no potencial do país. Em vez de manifestações da geração rasca, os meninos doutores comecem a aceitar empregos mais modestos, pois a liberdade que tanto gostam permite que escolham cursos que não tem saída profissional no nosso país.
É triste o que se passa neste país, mas pior que os governantes são os que boicotam o trabalho no dia a dia.

Jorge M. disse...

Caro Ricardo,

O que minou a economia portuguesa no tempo de Salazar não foi a falta de investimento do estado, foi a visão agrarista do ditador e a lei de condicionamento industrial que ele promoveu.

Uma boa parte dos investimentos do estado nos últimos 20 anos são inúteis, faustosos e servem apenas os interesses dos partidos políticos e da sua clientela. Mais, foram realizados recorrendo às PPP's, logo, promovendo a desorçamentação. A factura vai ser paga pelas gerações futuras. Quem lhes deu carta branca para hipotecar o futuro das próximas gerações?

Jorge M. disse...

O Álvaro tem que reconhecer que o homem cumpriu o que prometeu nas eleições de 2005. De facto, ele deu um novo rumo ao país: o da bancarrota e da entrada do FMI novamente em Portugal!

Anónimo disse...

Não! esses números não são verdadeiros. Como poderá ser?!?
Nem sempre se pode acreditar nos factos!
Como é possível acretidar mais em factos do que alguém que tanto deu pelo país e que tanto se entregou à causa nacional?
Tudo estava a correr bem até 2008! Portugal era um país forte. Superavit externo elevadíssimo! Economia exemplar! Dívidas? Não! isso é engano.
Nós chagámos onde chegámos, apenas, porque os malandros partidos da oposição, só por ânsia de poder, chumbaram o PEC4, e foi por isso é que teve que vir o FMI! Como é possível que tenham feito tal coisa? Isto até não estava a correr mal! Como é possível?
No entanto, ainda é possível ver o resto do filme da desgraça. Se quer mesmo ver o resto do filme, no dia 5 de Junho, vote Sócrates.

Miguel Peixoto disse...

O que realmente é de pasmar é a forma como se continua a utilizar a comparação de Portugal com o resto dos países em crise. E se continua a usar a crise de 2008 como responsável por tudo...
Meus caros Socialistas, queremos mesmo comparar-nos com o pior que há na Europa ? Não devemos aspirar por sermos melhores ?? Porque os outros são mer..., também o temos de ser ?
É essa atitude derrotista e minimalista que não nos leva a lado nenhum....
Quanto à crise no mundo, sim ela houve, mas os outros já sairam dela porquê, e nós não ?...Fácil, porque tivemos um Governo inconsciente que preferiu gastar o dinheiro nos tachinhos do PS, do que fazer frente à crise...

Burros são aqueles que não querem ver...

Vocês irão ser julgados mais tarde ou mais cedo...isso vos garanto...e irão pagar caro...pena que os portugueses também tenham de pagar pela vossa "nojice"

tenho dito...

Anónimo disse...

Concordo plenamente o pseudo-engenheiro cumpriu o que prometeu deu-nos um novo rumo o da bancarrota ,incompetência, mentira e vigariçe , não há memória de um primeiro ministro que tenha feito tanta vigariçe e mentido tanto como este , desde curso de engenheiro ofereçido , freeports , heron castilhos etc, etc este ficará na história como um dos maiores vigaristas que terá passado por qualquer governo Português , mas ainda existe muito Português que acha que o engenheiro é que sabe e é um óptimo primeiro-ministro , enfim

Anónimo disse...

É o que se chama ... uma gestão à Vale e Azevedo ... tão parecidos que eles são...

Anónimo disse...

Achei piada ao comentário do Anónimo que fala do 25 de Abril e do Salazar porque até tem razão em muitas coisas...a preguiça, os funcionários públicos (não generalizando é claro), algumas greves, ets, etc...

Só me espanta é que não falou dos patrões que fogem aos impostos (se calhar é patrão, hem?) ou que compram carros de luxo em em vez de investirem na empresa, dão más condições aos trabalhadores, tratam os trabalhadores como escravos, são gestores incompetentes que mal saber ler e escrever (lembre-se, alguns também trabalham, são honestos e aceitam trabalhos mais modestos, ao contrário de alguns labregos que têm inveja dos meninos doutores, porque talvez tenham tido preguiça de estudar).

E agora vou seguir o seu exemplo e enviar o comentário como Anónimo, não vá você ainda ter algum amigo ex-PIDE aqui em Londres e tente liquidar-me.

Ó homem, até tem razão em algumas coisas mas...não seja parvo!!!

Filipe Brazão disse...

Ao longo dos últimos 37 anos é patente o trabalho feito por todos os "instalados do poder" e o resultado "da luta pelo melhor poleiro". Da esquerda à direita, todos por lá passaram e o que fizeram foi servirem-se e servir os seus comparsas. Quem tem pago sempre tudo, são os mesmos a quem é exigido sempre o pagamento do "é fartar da vilanagem". A populaça que iludida (ou não) até vai votar.
Se nas próximas eleições, em vez de pôr uma cruz no quadradinho pequeno, o eleitor a pusesse de um canto ao outro do boletim de voto, mostrando o real descontentamento que a nível nacional existe face a esta estirpe de oportunistas políticos que se têm sucedido, isso sim teria impacto não só nacional, mas também fora do País. Talvez assim o sr. Cavaco Silva (que não está isento de responsabilidades, embora tente fazer esquecer o tempo em que por lá andou e fez o que fez...) se sentisse obrigado a formar um governo independente de cariz presidencial, constituído por pessoas idóneas, tecnicamente capazes para pôr o comboio nos carris e que prestassem contas do seu desempenho. A ser seguido o mesmo rumo dos que se têm servido do Poder como até agora, teremos mais do mesmo. E sobretudo seria necessário que se balizassem os proventos das chamadas reformas milionárias, os vencimentos dos administradores das empresas públicas, as passagens dos cargos governativos para os cargos privados que fedem pelo mais descarado dos oportunismos. Que se promova uma legislação que não permita a ingerência dos lobings económicos na esfera política, impondo ética e moralizando os processos. Complementarmente, que se faça uma efectiva depuração na Justiça para que os cidadãos possam confiar em que a Lei é igual para todos e não está ao serviço de quem pode pagar ou tem influência. Em resumo; se não se derem motivos para que o cidadão desconfie (porque o exemplo deve vir sempre de cima), este país poderá vir a ter um outro rumo, porque o Português no estrangeiro, de uma forma geral tem uma imagem de povo trabalhador e de gente ordeira.

Inesita disse...

Tive, hoje, conhecimento deste blog.Não fiquei surpreendida com os trágicos gráficos apresentados pois já os conhecia.Realmente são assustadores e deveriam ser exibidos até à exaustão nas televisões, em horário nobre e talvez até nos intervalos das novelas e do futebol(programas mais vistos pelos"interessados" espectadores port.). Há por aí muita gente que ainda não percebeu em que embrulhada nos envolveu o "ENGENHEIRO RELATIVO"y sus muchachos...
Votante socialista até há 7 anos(+ ou-), fiquei ontem com muitas espectativas em relação ao novo elenco governativo.Deixei de ter lógicas ideológicas- a isso me levaram estes pseudosocialistas-e, pensando mais no futuro dos meus filhos e netos,aposto nestas pessoas novas,sem cheiro a mofo e com conhecimentos adquiridos nas universidades ou na política,à custa do seu empenho, trabalho e interesse nas coisas públicas.
Temos que reconhecer uma GRANDE DOSE de CORAGEM nestas pessoas que aceitam governar,em circunstâncias tão adversas. Falo por mim:não aceitaria(falta de coragem...)por dinheiro algum.Não conheço o Prof Álvaro S Pereira mas desejo-lhe as maiores felicidades e sucesso, a bem da sua pessoa e deste POBRE PAÍS.
Espero escrever, de novo,neste blog proximamente e dar-lhe os meus parabéns pela sua actuação política no Minitério da Economia.Tenho a certeza que nunca sairá do governo pelos mesmos motivos do seu TRISTE ANTECESSOR -má educação e grosseria, na casa mais nobre da DEMOCRACIA, a Assembleia da República.
Inês Teles