Segundo o PUBLICO, o decano dos empresários portugueses veio a público afirmar aquilo que muitos já fizeram (e que nós já discutimos aqui e aqui): que a descida de um ponto percentual do IVA tem um efeito praticamente nulo na economia. Mal seria se o fosse. Voltando a exemplos concretos, imagine que vai a uma loja comprar um leitor de DVD. Suponhamos que o leitor custa 100 euros antes da descida do IVA. Você acha caro e não compra. Vamos agora supor também que a descida do IVA é incorporada pela empresa (o que não é linear) e o leitor de DVD baixa para 100 euros depois da redução do IVA. Acha mesmo que será um euro que fará a diferença entre comprar e não comprar? Talvez sim. Mas eu, sinceramente, duvido.
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Em termos comparativos, muitos reclamam que não é justo compararmos Portugal a Espanha (porquê, transcende-me). Deste modo, vale a pena relembrar as taxas de IVA noutros países da União Europeia:
AUSTRIA 16,0 %/20,0 %
BELGICA 21,0 %
BULGARIA 20,0 %
CHIPRE 15,0 %
REPUBLICA CHECA 19,0 %
ALEMANHA 19,0 %
DINAMARCA 25,0 %
ESTONIA 18,0 %
ESPANHA 16,0 %
FINLANDIA 22,0 %
FRANCA 19,6 %
REINO UNIDO 17,5 %
GRECIA 19,0 %
HUNGRIA 20,0 %
IRLANDA 21,0 %
ITALIA 20,0 %
LITUANIA 18,0 %
LUXEMBURGO 15,0 %
LETONIA 18,0 %
MALTA 18,0 %
PAISES BAIXOS 19,0 %
POLONIA 22,0 %
ROMENIA 19,0 %
SUECIA 25,0 %
ESLOVENIA 20,0 %
ESLOVÁQUIA 19,0 %
BELGICA 21,0 %
BULGARIA 20,0 %
CHIPRE 15,0 %
REPUBLICA CHECA 19,0 %
ALEMANHA 19,0 %
DINAMARCA 25,0 %
ESTONIA 18,0 %
ESPANHA 16,0 %
FINLANDIA 22,0 %
FRANCA 19,6 %
REINO UNIDO 17,5 %
GRECIA 19,0 %
HUNGRIA 20,0 %
IRLANDA 21,0 %
ITALIA 20,0 %
LITUANIA 18,0 %
LUXEMBURGO 15,0 %
LETONIA 18,0 %
MALTA 18,0 %
PAISES BAIXOS 19,0 %
POLONIA 22,0 %
ROMENIA 19,0 %
SUECIA 25,0 %
ESLOVENIA 20,0 %
ESLOVÁQUIA 19,0 %
4 comentários:
Permita-me discordar Álvaro.
As leis do pricing dizem-nos que haverá um determinado número de pessoas para o qual uma determinada baixa de preço (por muito pequena que seja) irá ter impacto.
O caso que escolheu até não é o melhor, porque de facto há mesmo muita gente que comprará a 99€ e não a 100€ (é a velha questão do preço psicológico).
A questão de fundo é que, à medida que se vai baixando gradualmente o preço de um bem (nem que seja cêntimo a cêntimo) mais e mais pessoas acharão a proposta relevante e comprarão. Obviamente que isso acontece em volumes diferentes em função desse maior ou menor decréscimo.
A conclusão onde quero chegar é que qualquer descida de preço de uma mercadoria indiferenciada irá traduzir-se em mais volume de venda, e nesse sentido não podemos simplesmente fazer um exercício de introspecção (ex: no meu caso comprar ia ou não?)
Cumps,
Anónimo
Eu também penso que a descida dos impostos é sempre importante. Mesmo que os cidadãos não usufruam(como será agora o caso), ao menos que ganhem as empresas. Já que em Portugal o dinheiro dos impostos vai muitas vezes para onde não devia. De lamentar também é que em Portugal as descidas nunca são como as subidas. Ou seja, para aumentar é sempre a abrir, para descer é que é um problema. O IVA deveria ter regressado directamente aos 19%. Isso é que era um sinal que concerteza traria bem mais benefícios do que esta descida para inglês ver!
Também acho que o mercado não funciona bem em Portugal... aqui muitos preços são fixados, não pela lei do mercado, mas por influência de carteis e nalguns casos por monopólios autênticos, que nunca poderiam operar em países tipicamente capitalistas como os Estados Unidos.
3 Abril, 2008 às 12:01 am
ECONOMIA e IMPOSTOS: quem está contra este modelo anti-marxista das nomenklaturas e anti-totalitário dos appartniks, de mais poder de compra dos Portugueses sem aumentar salários, imediato força na competitividade exterior dos Produtos feitos pelas mãos dos Portugueses, obrigar DE FACTO a muito menos Despesas Publicas ?
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http://www.mikehuckabee.com/?FuseAction=Issues.View&Issue_id=5
http://en.wikipedia.org/wiki/FairTax#Tax_rate
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É. Este é o caminho próximo. Quem apanhar primeiro o comboio ganha; quem chegar atrasado será apenas mais um embasbacado que já não ganhará nada.
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Basta encaixar a Segurança Social e a Educação universais eliminando, ou reduzindo, outros despesismos publicos acessórios, não essenciais á VIDA e ao dia-a-dia dos Cidadãos.
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Sim os Portugueses rápidamente são capazes mas as actuais lideranças ´politicas proibem-nos.
Caros Anónimos e JP
Obrigado pelos comentários.
Tem razão. O meu exemplo dos 100 euros não foi o melhor. Há, sem dúvida, o factor psicológico a ter em conta. Mesmo assim, se escolhermos outros valores a lógica permanece.
Quer isto dizer que não vale a pena baixar os impostos. Não. Muito pelo contrário. Nos próximos anos tem que haver um esforço para baixarmos a fiscalidade portuguesa.
Num dos próximos posts irei abordar esta questão
Obrigado
Alvaro
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